Cuiabá, Terça-Feira, 30 de Setembro de 2025
BOM JESUS DO ARAGUAIA
30.09.2025 | 09h49 Tamanho do texto A- A+

Produtor: “Sem o programa de melhoramento genético do Governo de MT, a cooperativa não sobreviveria”

No município, já foram investidos mais de R$ 600 mil nas três etapas que contemplaram inseminação; transferência de embriões e prenhezes

Assessoria Seaf

Prenhezes com melhoramento genético em propriedade de Bom Jesus do Araguaia

Prenhezes com melhoramento genético em propriedade de Bom Jesus do Araguaia

DA REDAÇÃO

Investimentos em ciência e tecnologia têm mudado a realidade da agricultura familiar em Mato Grosso.

 

Com o programa de melhoramento genético coordenado pela Secretaria de Estado de Agricultura Familiar (Seaf-MT), produtores de leite de pequeno porte conquistaram ganhos significativos na produtividade e na renda, alcançando resultados que antes pareciam distantes.

 

Em Bom Jesus do Araguaia, polo da cadeia leiteira, com os animais de genética avançada a média de produção de leite saltou de 6,5 para 18,7 litros por vaca/dia e a expectativa é alcançar até 30 litros com o avanço do manejo. Os investimentos em melhoramento genético na região somam R$ 684,5 mil em três etapas.

 

A Cooperativa de Produtores Rurais de Bom Jesus do Araguaia (Cooperbonja), criada em 2014, após vencer a burocracia inicial, começou com 1.500 litros de leite por dia.

 

Atualmente, a remuneração dos produtores é proporcional à produção, e todo recurso economizado é reinvestido em melhorias e repassado aos cooperados. Hoje, com 500 cooperados, a produção ultrapassa 250 mil litros/dia.

 

De acordo com o presidente Valdemir Rodrigues Quixabeira, o “Pingo”, a entidade já participou de dois chamamentos públicos de novilhas prenhes. Segundo ele, o impacto foi imediato.

 

“O programa das novilhas tem alavancado muito a produção na nossa região. Esse reforço nos levou a 250 mil litros/dia na alta da lactação. No passado, tínhamos dificuldade até para conseguir parceiros; hoje, precisamos selecionar. Estamos ansiosos pelo próximo chamamento”, destacou Pingo.

 

Para o presidente da Cooperbonja, a transformação vai além dos números:

 

“Antes, a preocupação era ter quantidade de animais. Hoje, buscamos qualidade, porque, com menos animais, conseguimos produzir muito mais. Isso garante não apenas produção, mas também renda, qualidade de vida e sucessão familiar. Meus três filhos trabalham comigo, e nosso sonho é que deem continuidade à atividade”, contou.

 

Outro caso de sucesso na região é o do produtor João Henrique, da Fazenda Flamboyant, de 102 hectares. Ele já participou de todas as modalidades do programa: sêmen, embrião e novilhas prenhes, e viu sua produção saltar de 3 litros para 14 litros por vaca/dia.

 

“Há três anos, trabalhamos para garantir alimento na seca, produzindo silagem de milho. Por meio da Seaf, em parceria com a cooperativa, recebemos apoio do programa com calcário, plantadeira, patrulha mecanizada e resfriador de leite. Hoje, colhemos os frutos dessa parceria”, afirmou.

 

Apoio técnico e inovação

 

 “Sem o programa de melhoramento genético do Governo de Mato Grosso, a cooperativa não sobreviveria”, afirma produtor de Bom Jesus do Araguaia

 

Prenhezes com melhoramento genético em propriedade de Bom Jesus do Araguaia - Foto por: Assessoria Seaf“Sem o programa de melhoramento genético do Governo de Mato Grosso, a cooperativa não sobreviveria”, afirma produtor de Bom Jesus do Araguaia - Prenhezes com melhoramento genético em propriedade de Bom Jesus do Araguaia

 

Investimentos em ciência e tecnologia têm mudado a realidade da agricultura familiar em Mato Grosso. Com o programa de melhoramento genético coordenado pela Secretaria de Estado de Agricultura Familiar (Seaf-MT), produtores de leite de pequeno porte conquistaram ganhos significativos na produtividade e na renda, alcançando resultados que antes pareciam distantes.

 

Em Bom Jesus do Araguaia, polo da cadeia leiteira, com os animais de genética avançada a média de produção de leite saltou de 6,5 para 18,7 litros por vaca/dia e a expectativa é alcançar até 30 litros com o avanço do manejo. Os investimentos em melhoramento genético na região somam R$ 684,5 mil em três etapas.

 

A Cooperativa de Produtores Rurais de Bom Jesus do Araguaia (Cooperbonja), criada em 2014, após vencer a burocracia inicial, começou com 1.500 litros de leite por dia.

 

Atualmente, a remuneração dos produtores é proporcional à produção, e todo recurso economizado é reinvestido em melhorias e repassado aos cooperados. Hoje, com 500 cooperados, a produção ultrapassa 250 mil litros/dia.

 

De acordo com o presidente Valdemir Rodrigues Quixabeira, o “Pingo”, a entidade já participou de dois chamamentos públicos de novilhas prenhes. Segundo ele, o impacto foi imediato.

 

“O programa das novilhas tem alavancado muito a produção na nossa região. Esse reforço nos levou a 250 mil litros/dia na alta da lactação. No passado, tínhamos dificuldade até para conseguir parceiros; hoje, precisamos selecionar. Estamos ansiosos pelo próximo chamamento”, destacou Pingo.

 

Para o presidente da Cooperbonja, a transformação vai além dos números:

 

“Antes, a preocupação era ter quantidade de animais. Hoje, buscamos qualidade, porque, com menos animais, conseguimos produzir muito mais. Isso garante não apenas produção, mas também renda, qualidade de vida e sucessão familiar. Meus três filhos trabalham comigo, e nosso sonho é que deem continuidade à atividade”, contou.

 

Outro caso de sucesso na região é o do produtor João Henrique, da Fazenda Flamboyant, de 102 hectares. Ele já participou de todas as modalidades do programa: sêmen, embrião e novilhas prenhes, e viu sua produção saltar de 3 litros para 14 litros por vaca/dia.

 

“Há três anos, trabalhamos para garantir alimento na seca, produzindo silagem de milho. Por meio da Seaf, em parceria com a cooperativa, recebemos apoio do programa com calcário, plantadeira, patrulha mecanizada e resfriador de leite. Hoje, colhemos os frutos dessa parceria”, afirmou.

 

Apoio técnico e inovação

 

Segundo o médico-veterinário da Seaf, Eduardo Dantas, a tecnologia disponibilizada pelo programa seria inacessível aos pequenos produtores sem o apoio do Governo.

 

“Cada embrião custa em torno de R$ 3 mil. O Estado oferece essa tecnologia e garante que produtores de pequena escala tenham acesso à genética capaz de produzir até 30 litros de leite por vaca/dia. Isso é inovação e dignidade no campo. Tocantins e Rondônia já nos procuraram para replicar o modelo aplicado em Mato Grosso”, explicou.

 

O extensionista da Empaer, Aldemir Carvalho, que acompanha de perto a execução, destacou a adesão dos produtores.

 

“No início, em 2021, a participação foi tímida. Mas logo o programa tomou proporção gigantesca. Hoje, os produtores já aguardam a próxima etapa e mostram mais preparo para o manejo, inclusive na formação de reservas para a seca”, relatou.

 

Conforme o presidente da cooperativa, o trabalho integrado entre Governo do Estado, Seaf é essencial para o fortalecimento da agricultura familiar.

 

“Sem esse programa de melhoramento genético do Governo de Mato Grosso, a cooperativa não sobreviveria. Os programas do Governo nos permitem acessar genética de ponta que, de outra forma, seria inviável. A Seaf tem sido muito parceira, a Empaer acompanha de perto, e nós só temos a agradecer”, ressaltou o presidente da Cooperbonja.

 

Investimentos

 

Segundo o último censo rural, Bom Jesus do Araguaia possui 724 propriedades de pequena escala, com população de 3.430 habitantes, sendo que 77% das propriedades do agro são de pequena escala, com uma área de 55.874 hectares.

 

De 2019 a junho de 2025, Bom Jesus recebeu R$ 8,3 milhões em investimentos do Governo por meio da Seaf, a exemplo de caminhão cavalo mecânico, silo vertical, caminhão equipado com tanque isotérmico, veículos, calcário, máquinas e implementos.

 

Desde 2020, o programa de melhoramento genético da Seaf já investiu R$ 7,2 milhões, beneficiando 1.080 produtores em 32 municípios, com um total de 4.126 prenhezes confirmadas. Agora, o programa entra em sua quarta fase, com mais R$ 6 milhões garantidos para a expansão do atendimento, a licitação já foi concluída.

 

Em Bom Jesus do Araguaia, os investimentos somam R$ 684.568,00, distribuídos em três etapas que totalizaram 326 prenhezes. A ação tem fortalecido a cadeia produtiva do leite na região, que é considerada um importante polo de captação e referência em organização da agricultura familiar.

 

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