Cuiabá, Quarta-Feira, 30 de Julho de 2025
EMPRESÁRIA PRESA
04.11.2024 | 14h36 Tamanho do texto A- A+

Vítimas de esquema criam grupo no WhatsApp com 45 pessoas

Taiza Tosatt Eleoterio da Silva, proprietária da DT Investimentos, foi presa na semana passada em Sinop

Montagem/MidiaNews

A empresária Taiza Tossat da Silva (detalhe), presa em Sinop por suspeita de pirâmide financeira

A empresária Taiza Tossat da Silva (detalhe), presa em Sinop por suspeita de pirâmide financeira

ANGÉLICA CALLEJAS
DA REDAÇÃO

Vítimas da empresária Taiza Tosatt Eleoterio da Silva, proprietária da DT Investimentos, cerca de 45 pessoas, formaram um grupo no WhatsApp para acompanhar as investigações que resultaram na prisão dela, na última quinta-feira (31), em Sinop.

 

Nem todos registraram B.O., e nem todos entraram com processo contra ela, por medo, por vergonha

Taiza foi detida na Operação Cleópatra, deflagrada pela Delegacia Especializada de Defesa do Consumidor de Cuiabá. Além dela, seu ex-marido, o policial federal Ricardo Mancinelli Souto Ratola, e o cirurgião-geral Diego Rodrigues Flores, são investigados.

 

A corretora de imóveis M.P.L. foi uma das primeiras a denunciar Taiza. Ela disse ao MidiaNews que tem contato com outras 25 pessoas, somando cerca de 70 vítimas lesadas no suposto esquema de pirâmide financeira coordenado pela empresária.

 

Ainda de acordo com ela, a DT Investimentos fez vítimas principalmente em Mato Grosso, nas cidades de Cuiabá, Várzea Grande, Jaciara e Rondonópolis, mas também em São Paulo, São José do Rio Preto e até nos Estados Unidos.

 

Foi apurado pela reportagem que menos de 20 pessoas registraram boletim de ocorrência contra a empresária. O restante das vítimas, segundo relato de M.P.L., sente grande constrangimento em denunciar o caso.

 

“Nem todos registraram B.O., e nem todos entraram com processo contra ela, por medo, por vergonha. Tem gente de 82 anos que ela deu golpe, para você ter ideia. A vítima preferiu não entrar nisso, mas está ali no grupo, acompanhando”.

 

“A gente criou força, todo mundo junto, para que pudéssemos não desistir. O que a gente quer, é justiça. A gente não sabe se ela tem o dinheiro. A Polícia fala de R$ 2,5 milhões de prejuízo, mas a gente sabe que tem muito mais, em torno de R$ 15 milhões”. 

 

“Porque tem gente que entrou com R$ 1,5 milhão, tem gente que entrou com meio milhão. Nosso grupo está acompanhando a investigação, a gente se fala com frequência e estamos aguardando o que vai ser”.


Veja a descrição do grupo:

 

Reprodução

grupo vítimas taiza tossat

 

 

Operação Cleópatra

 

Taiza, seu ex-marido, o ex-policial federal Ricardo Mancinelli Souto Ratola, de 45 anos, e o cirurgião-geral Diego Rodrigues Flores, de 32 anos, são investigados pela Delegacia Especializada de Defesa do Consumidor de Cuiabá. Todos foram alvos da Operação Cleópatra.

 

Foram cumpridos em Cuiabá, Jaciara, Rondonópolis e Sinop, seis mandados de busca e apreensão, um de prisão preventiva contra Taiza, e mandados para bloqueios de bens e valores e suspensão de atividades econômicas de empresas.


As buscas resultaram na apreensão de uma caminhonete Ford Ranger e diversos documentos. Somente na casa de Taiza, foram apreendidos uma caixa com várias folhas de cheques de altos valores, munições e anabolizantes pertencentes ao atual companheiro dela, que foi também foi conduzido e autuado em flagrante

 

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