Ministro elogia estádio, mas exige preços acessíveis à população

Durante visita à Arena Pantanal, nesta sexta-feira (6), o ministro da Secretaria Geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho, elogiou o andamento das obras do estádio e admitiu “pressão” nos governos estaduais das cidades que sediarão a Copa do Mundo em 2014, a fim de garantir a conclusão de todas as obras em andamento.

“Temos feito reuniões sistemáticas com os governos estaduais, insistindo para que dessem o máximo de gás para que as obras fossem construídas a tempo, sobretudo as obras de mobilidade urbana”, disse.

Segundo Carvalho, o “quadro mudou muito” nos últimos meses e as arenas das 12 cidades-sedes do Mundial de futebol não mais são uma preocupação para o Governo Federal e que não há dúvidas de que elas ficarão prontas a tempo. Para ele, o governo de Mato Grosso “está de parabéns”.

“Dizia-se antes que Mato Grosso era onde estava tudo atrasado e eu estou vendo com os meus olhos que o pessoal correu atrás. Vamos entregar as obras no tempo certo e isso é motivo de orgulho e de tranquilidade para o Governo Federal”, afirmou.

"Não adianta a gente gastar o dinheiro que estamos gastando pelo Brasil afora construindo arenas que depois fiquem restritas a uma elite onde se cobram ingressos de R$ 90, R$ 100, R$ 120"

Arena Pantanal

O ministro disse ter ficado “encantado” com a planta da Arena Pantanal e satisfeito com o ritmo da obra, mas fez um apelo para que o local seja efetivamente usado pela população após a Copa, para que não se torne, daqui a alguns anos, em um grande “elefante branco”.

“Eu espero que seja um palco democrático, onde todos tenham acesso, não só aos jogos de futebol, mas que aproveitem esse espaço todo para outras atividades econômicas, turísticas e assim por diante”, disse.

Para que isso ocorra, Carvalho fez um pedido ao governador Silval Barbosa (PMSB) para que o valor do ingresso no estádio seja acessível a todos. Segundo ele, atualmente, a “popularização das arenas” essa é uma das grandes preocupações do Governo Federal.

“Não adianta a gente gastar o dinheiro que estamos gastando pelo Brasil afora construindo arenas que depois fiquem restritas a uma elite onde se cobram ingressos de R$ 90, R$ 100, R$ 120. Nós temos que popularizar as arenas, senão, não tem como o povo entender que a Copa é nossa”, afirmou.

Carvalho ressaltou que permitir que mais gente vá à arena é necessário, principalmente, porque foi usado dinheiro público, seja na forma de investimento ou de empréstimo, que deve ser usufruído pelo povo.

“O povo só vai entender que a Copa é de fato nossa e não só de alguns, quando ele for beneficiado por essas obras. Por isso nós estamos fazendo uma verdadeira pressão e convencimento dos governos do Estado para que acelerem ao máximo todas essas obras. É recurso do trabalhador que foi usado e, portanto, é preciso que o trabalhador tenha seu retorno e não apenas nos estádios, mas em todas as obras que facilitem a vida na cidade”, salientou.

"O povo só vai entender que a Copa é de fato nossa e não só de alguns, quando ele for beneficiado por essas obras"

Legado da Copa

Carvalho salientou que o Estado abraçou a oportunidade de ser sede do Mundial para investir em melhorias que ficarão como legado após o Mundial.

“A Copa não é feita de jogos, apenas. É uma grande oportunidade que o Brasil está tendo, e a o meu juízo aproveitando, para dar um salto na sua infraestrutura e na sua logística, sobretudo para o turismo e para a população local, melhorando a mobilidade urbana que é um grito das ruas”, afirmou.