A estratégia da Volkswagen do Brasil para brigar com Honda Civic e Toyota Corolla no segmento de sedãs médios foi transformar o Jetta, cujo modelo anterior era referência em desempenho e requinte, em um carro "barato".
Por R$ 65.755, a versão de entrada do novo Jetta (Comfortline) começa a chegar às concessionárias com a missão de substituir o Bora. Para baixar o preço e manter a margem de lucro, não houve milagre. O excelente motor 2.5 de cinco cilindros do modelo anterior foi substituído pelo veterano 2.0 de quatro cilindros e 120 cv de potência, mesmo propulsor do Golf.
É claro que o novo Jetta também virá em versão de topo, a Highline, com motor 2.0 TSI turbo que gera 200 cv. Esse, sim, pode ser considerado o verdadeiro sucessor do Jetta antigo, ainda que o interior também tenha passado pela "depenação" da versão Comfortline. O preço pelo carro melhor é alto: R$ 89.520.
Outro sinal do processo de barateamento do Jetta está na suspensão traseira. No modelo Comfortline, o carro traz o jurássico eixo de torção que equipa todos os populares brasileiros. Na versão de topo, a Volkswagen optou pelo sistema independente multibraços.
O câmbio do modelo de entrada pode ser manual de cinco marchas ou automático de seis velocidades, com opção de trocas por "borboletas" no volante. Já a versão Highline oferece o excelente câmbio DSG automatizado de dupla embreagem e seis marchas.
No design, o novo Jetta segue a identidade mundial da Volkswagen, com muitas linhas retas e ângulos. Parece um Passat menor. Por falar em dimensões, o sedã médio da Volkswagen ganhou 9 cm no comprimento e 7,3 cm de entre-eixos em relação ao modelo anterior.
Quatro air-bags, sensor de estacionamento, controle de tração e rodas de liga-leve estão entre os itens de série que tentarão ajudar o novo Jetta na verdadeira briga de faca que é o segmento dos sedãs médios.
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