Debate na TV é marcado por clima quente e troca de acusações

Faltando uma semana para a votação de segundo turno, os candidatos à Prefeitura de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (PMDB) e Wilson Santos (PSDB), voltaram a se enfrentar em debate realizado pela TV Record, na noite de domingo (23).

 

O encontro foi marcado pela denúncia de Wilson de que o irmão de Emanuel, Marco Polo, confessou a ele, há 30 dias, o recebimento de uma propina de R$ 4 milhões por meio da empresa Caramuru Alimentos.

 

O peemedebista classificou a acusação como “armação” e diz que irá denunciar Wilson por “prevaricação”.  Emanuel também acusou o tucano de receber R$ 12 mil por mês do Governo de Minas Gerais para apoiar Aécio Neves (PSDB).

 

Outros assuntos foram o Fundo de Assistência Parlamentar (FAP), Rodoanel e os ex-secretários presos Marcel de Cursi e Permínio Pinto (PSDB).

 

Veja como foi o debate:

 

Debate terá quatro blocos (Atualizada às 21h30)

 

O debate será dividido em quatro blocos e estão previstas réplicas e tréplicas em todos os momentos.

 

No primeiro bloco, a dupla responde perguntas de jornalistas da emissora. Nos dois seguintes, haverá confronto direto entre os candidatos. No último, voltam a responder perguntas de jornalistas e fazem as considerações finais.

 

“Tudo tem que ser revelado” (Atualizada às 21h40)

 

O candidato Wilson Santos foi o primeiro a chegar à sede da TV Record. Ele chegou acompanhado de sua esposa, Adriana Bussiki. Cerca de 20 militantes do PSDB também estão na emissora. Um dos apoiadores usava uma máscara de demônio com um cartaz pedindo votos ao candidato do PMDB.

 

Em conversa com a imprensa, o tucano disse que fará um debate “tranquilo” e “sereno”. Mas defendeu o tom incisivo adotado pelos candidatos nos últimos debates.

 

“Tranquilo, sereno. Vamos fazer um debate propositivo, apresentar propostas para Cuiabá, caminhos para encontrar soluções. Mostrar nossas parcerias, o bom trânsito que temos em Brasília”, disse.

 

“Agora, quem quer vir para a vida pública não pode ficar de segredinhos. Tudo tem que ser revelado. A sua vida pública e privada. Os Estados Unidos são um exemplo. Eu tenho medo daqueles que pedem debate de alto nível. É porque querem esconder alguma coisa. Eu não tenho nada a esconder”, afirmou.

 

"Candidato da mudança" (Atualizada às 21h49)

 

Ao chegar na TV Record, o candidato Emanuel Pinheiro voltou a defender um debate baseado em propostas. O peemedebista afirmou que os ataques sempre partem de seu adversário, mas que em respeito à população deverá fazer um debate de “alto nível”.

 

“Eu não consigo jogar e repudio jogar no campo do meu adversário, da baixaria, das injúrias, das calúnias e das difamações. Meu jogo é limpo, em respeito à população cuiabana que exige e merece respeito, merece e exige uma campanha de alto nível”, declarou.

 

Emanuel falou ainda sobre os motivos que o fizeram entrar para a disputa pelo Alencastro. Segundo o candidato, Cuiabá precisa de um prefeito que “transforme” a política do Município.

 

“A nossa população merece muito mais do que é oferecido a ela pela máquina pública e eu quero ser esse candidato da transformação”.

 

Emanuel chegou acompanhado da esposa, Marcia Pinheiro, do senador Wellington Fagundes (PR), e do secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Neri Geller (PP).

 

“Este é um debate importante, que decide as eleições”, diz Taques (Atualizada às 22h12)

 

O governador Pedro Taques chegou pouco depois das 22 horas na sede da emissora. Afirmou que sua ida serve para mostrar a “parceria” com Wilson.

 

“A expectativa é que nosso candidato, candidato dos cuiabanos, possa demonstrar as melhores propostas. Este é um debate importante, que decide as eleições. Por isso, estamos aqui para mostrar que estamos juntos com Wilson Santos para transformar Cuiabá. E não permitir que façam com Cuiabá o que fizeram com Mato Grosso”, disse.

 

Começa debate (atualizada às 22h25)

 

O debate começou às 22h20, intermediado pelo jornalista Antônio Carlos Silva. O primeiro bloco foi com perguntas de jornalistas. O primeiro, Mauro Camargo, questionou Wilson sobre a crise econômica e as propostas de seu programa de governo. Se irá prevalecer as propostas ou a contenção de gastos.

 

“Vai prevalecer a austeridade. Cuiabá precisa de um gestor. Já passei por uma situação como esta. Assumi a prefeitura em 2005 com servidores em greve, três salários atrasados. Prometi na campanha que colocaria isso em dia em 90 dias, mas coloquei em 60 dias. Fiz austeridade naquele ano e terminamos com R$ 50 milhões de superávit. Faremos auditorias, mas não por acreditar em irregularidade, mas pela busca pela economicidade”, disse.

 

Quadrilha (Atualizada às 22h25)

 

O jornalista Mauro Camargo pergunta a Wilson como ele vai fazer para vencer a eleição com uma rejeição acima de 40%. A uma semana do pleito, ele pergunta o que pretende fazer para reverter o quadro.

 

Wilson diz que na verdade há confusão entre rejeição, mágoa e exclusão. "Chegamos com quase 100 mil votos no primeiro turno. Nas últimas pesquisas, estamos com quase 44% dos votos, segundo o Gazeta Dados", afirmou Wilson.

 

"As pessoas podem ter uma magoazinha e ressentimento porque Wilson vinha fazendo uma boa gestão. A cidade vivia uma efervescência. Se fosse um péssimo prefeito, as pessoas iam gostar que eu saísse. Mas saí porque tinha que enfrentar o Silval, o Governo mais corrupto da história. Tive a coragem de enfrentar a quadrilha do Silval", afirmou Wilson.

 

Emanuel diz que é o "novo" (Atualizada às 22h30)

 

Mauro Camargo perguntou a Emanuel Pinheiro sobre o fato de ter se apresentado como o preferido do atual prefeito Mauro Mendes, de ter sido professor substituto de Pedro Taques e de ter o apoio de Blairo Maggi.

 

O jornalista questionou o que o eleitor pode pensar no que tange à falta de experiência dele para administrar.

 

“O Mauro também era inexperiente e muitos o acusaram, mas não tiveram sucesso. Olha o sucesso do Mauro aí. Tem 81% de aprovação popular, demonstrando o seu perfil, mostrando que o novo é sempre melhor do que um passado de rejeição, de quem já teve dois mandatos. O terceiro mandato é muito pior. O Brasil já acabou com a reeleição. Eu contribuí com Mauro Mendes para ser prefeito. Construímos um projeto juntos. Não há que se falar em ter sido gestor”, respondeu Emanuel.

 

Relação Emanuel x Taques (Atualizada às 22h32)

 

O jornalista questionou o candidato Emanuel Pinheiro que, segundo ele, é o líder da oposição ao governo Pedro Taques ao lado da deputada Janaina Riva e demais correligionários do PMDB, citando o ex-governador Silval Barbosa e o deputado federal Carlos Bezerra.

 

Mauro Camargo perguntou também como deverá ser a atuação do PMDB em uma eventual gestão de Emanuel Pinheiro. “Qual a participação do PMDB, responsável pelo maior escândalo de Mato Grosso em sua administração?”.

 

Em sua resposta, o candidato relembrou que o governador Pedro Taques já declarou em diversos discursos que quem dá privilégios somente à correligionários “está cometendo crime de improbidade administrativa, estará prevaricando”.

 

“Tenho lá minhas diferenças, mas essa postura de estadista que ele [Pedro Taques] gosta de destacar não vai morrer pela boca. Tenho certeza que ele vai ser correto e cumprir o que prometeu em praça pública”.

 

“Minha maior característica é independência. Ninguémme põe cabresto. Vou governar com os melhores nomes”, completou.

 

Aposentadoria volta a ser tema (Atualizada às 22h35)

 

Antes dos jornalistas continuarem perguntando, os candidatos travaram um pequeno debate após Wilson pedir direito de resposta. Emanuel rebateu e insistiu não ter atacado o tucano.

 

Em seguida, a jornalista Margareth Botelho questionou o peemedebista se ele se sente moralmente “edificado” recebendo o Fundo de Assistência Parlamentar (FAP) desde os 30 anos.

 

“Eu não recebo aposentadoria, recebo previdência. Paguei por ela, fiz justiça a ela, de uma lei que existia à época, que não foi eu que criei, como tenta valer meu adversário. Eu fiz jus, assim como Roberto França e, pasmem, Dante de Oliveira, que recebe o nome da coligação do meu adversário. Mas recebeu porque também contribuiu”, disse.

 

Liberdade religiosa (Atualizado às 22h40)

 

A jornalista Margareth Botelho faz a segunda pergunta ao candidato Emanuel Pinheiro. “O senhor se coloca como homem de família. Se algum dia um de seus filhos se apresentar como homossexual, qual seria sua reação? E qual seu conselho aos pais na mesma situação?”, questiona.

 

Emanuel diz que esta é uma opção. “Tenho uma formação cristã, com base na Bíblia, é nisso que acredito. Sou católico e sou muito vinculado a igrejas cristãs. Sou uma pessoa do direito constitucional. Respeito a cidadania e dignidade da pessoa humana. No Artigo 5, o constituinte escreve que todos são iguais perante a lei. Jamais poderia tolher a liberdade do meu filho, e não deixaria de amá-lo em nome de uma opção”, afirmou o candidato.

 

Ex-companheiros de WS (Atualizada às 22h42)

 

A jornalista Margareth Botelho diz que alguns ex-companheiros de Wilson acham que o discurso dele é conversa para boi dormir e questiona o que ele pensa sobre isso.

 

“A maioria dos companheiros que começou comigo, continua, uma infinidade. Eu prometi fazer a Avenida das Torres, cumpri, fazer cursinho pré-vestibular, cumpri, policlínica do Pedra 90, cumpri, fiz restaurante popular, cumpri, milhares de casas em Cuiabá, asfaltamos uma dezena de bairros. Agora você nem sempre consegue agradar todo mundo. A Bíblia diz para perdoar. Fundei mais de 20 bairros. Eu sirvo o povo. Há um desencontro aqui e ali, mas é natural.”

 

Filho fora do casamento (Atualizada às 22h44)

 

Margareth Botelho perguntou ao candidato Wilson Santos qual sua posição com relação às questões que estão sendo colocadas com relação à gravidez indesejada. Neste sentido, a jornalista o questionou sobre qual sua postura frente ao aborto.

 

Wilson respondeu que segue a linha de pensamento cristão, que sempre “trabalha a postura contra o aborto” e falou sobre o filho que teve fora do casamento.

 

“Eu acompanho a linha cristã, eu acompanho o pensamento majoritário e a vida deve ser preservada. Eu tive um filho antes do casamento, já casado, quatro meses depois a mãe me procurou e nós fizemos o exame de DNA que deu positivo. Peguei o moleque, é meu filho, já me deu 5 netos e eu o assumi”.

 

Ícone do Comitê da Maldade (Atualizada às 22h45)

 

O jornalista Lúcio Sorge cita que os adversários de Wilson o colocam com uma imagem ligada a mentira, que promete e não cumpre e não tem limites para atacar concorrentes. Citou ainda que os adversários o classificam como ícone do chamado Comitê da Maldade. E questionou se é este o motivo dos altos índices de rejeição.

 

“Eu estava assistindo as vinhetas e inserções com as agressões que ocorrem o dia inteiro contra mim. A minha propaganda é alegre, com música, as parcerias com o governador Pedro Taques, propostas. O que quero é ajudar o povo. É só pegar as propagandas, é pau o dia inteiro. Eles que batem em mim, estou quieto aqui apresentando propostas. Nós não agredimos, não colocamos família no meio. São os adversário que falam”, disse.

 

"Não tem desvio" (Atualizada às 22h50)

 

O jornalista Lucio Sorge faz a segunda pergunta a Wilson Santos. Ele questiona o fato de ele usar o governador Pedro Taques como principal cabo, como forma de falar sobre corrupção. “Wilson Santos também tem problema com a Justiça. Nas obras do Rodoanel, o senhor teve os bens bloqueados e o escândalo da Seduc envolve pessoas próximas do senhor”.

 

Wilson Santos respondeu que, no episódio da Seduc, o governador agiu e o demitiu em questão de horas. ”No mesmo dia, o governador exonerou o secretário Permínio Pinto (Educação). No caso do meu irmão [Elias Santos, que ameaçou comissionados de demissão] , o governador exonerou no mesmo dia”, afirmou. “No governo Silval, houve roubalheira. Meu adversário era fiscal das obras da Copa. Eu o vi de capacete nas obras e ele não fez nada. No caso do Rodoanel , não houve desvio de nada. O problema é que eu não falei no processo. Na minha vida não tem desvio de dinheiro público”.

 

FAP e "acordão" com a CAB (Atualizada às 22h56)

 

Sorje perguntou sobre o Fundo de Assistência Parlamentar (FAP), recebido por Emanuel há anos e que, atualmente, já somaria R$ 4 milhões.

 

Emanuel ressaltou que o benefício é legal e que contribuiu para recebê-lo.

 

"Então Dante de Oliveira, Roberto França, Luiz Soares e Oscar Ribeiro são imorais? Tenho direito ao benefício, assim como Dante, que leva o nome da coligação do meu adversário".

 

Na segunda pergunta, Lucio Sorje falou que o ex-prefeito Chico Galindo (PTB) disse que Mendes não teve coragem de romper com a CAB Ambiental. Já Mendes rebateu dizendo que a concessão foi feita de forma vergonhosa. O jornalista então questionou Emanuel se os palpites de Galindo significam que será ele que vai definir essa questão, uma vez que o PTB é um dos maiores doadores de Emanuel.

 

O peemedebista negou influência de Galindo na campanha e também negou ter feito acordão sobre a questão da CAB.

 

“Os meus adversários falam em grande acordão, porque entendem bem de grande acordão. Eu entendo o que é ser um perfeito preparado para transformar a Cuiabá dos 300 anos em uma cidade melhor. Tenho o apoio de Osvaldo sobrinho, ex-senador, que indicou o candidato a vice-prefeito, Niuan Ribeiro, que vem nos dando grande apoio na candidatura. Eu sei que incomoda porque poucos políticos tem condições de serem independentes e Emanuel Pinheiro é independente. Ele diz que não fiscalizei [obras da Copa], mas os recursos eram federais. Não tinha bola de cristal.”

 

Início do segundo bloco (Atualizada às 22h58)

 

No segundo bloco do debate cada candidato faz três perguntas ao seu oponente, os temas são livres.

 

O candidato Wilson Santos teve seu pedido de direito de resposta negado pela produção do debate.

 

“Maior pizzaiolo da Assembleia” (Atualizada às 23h01)

 

Emanuel iniciou o segundo bloco do debate perguntando à Wilson Santos sobre o áudio em que seu irmão, Elias Santos, aparece coagindo servidores comissionados. Elias foi exonerado da presidência da Metamat, pelo governador Pedro Taques, no mesmo dia em que o áudio foi divulgado por Emanuel Pinheiro.

 

“O senhor teve conhecimento antecipado dessa coação? Houve coação apenas na Metamat ou em outros órgãos do Governo?”, questionou o peemedebista.

 

“Emanuel, o meu grupo político age dessa forma: errou, não interessa se é irmão do governador, se é pai, se é primo, se é sobrinho, se errou vai pagar. No mesmo dia que o senhor denunciou, o governador fez a demissão. Meu irmão errou, agiu com o coração. A Metamat tem apenas 24 comissionados. Então, meu irmão errou e o governador acertou em fazer a demissão. Mas o seu grupo roubou nas obras da copa e o senhor não fez nada. O senhor tirava fotos nas obras e nunca denunciou. Disse que entregaria a Arena Pantanal que até hoje não está pronta. O meu grupo quando pega alguém errando age, o seu passa a mão na cabeça”, rebateu.

 

Na réplica, Emanuel disse que “se admira com a capacidade de tentar minimizar o crime”, por parte de Wilson Santos.

 

“O senhor diz que foi página virada, que foi paixão de irmão. Isso foi um crime que tem que ser investigado, porque se fosse cidadão comum estaria pagando”, disse Emanuel.

 

Na tréplica, Wilson Santos voltou a dizer que seu irmão errou e está pagando e perguntou à Emanuel se ele é o maior “pizzaiolo da Assembleia” por não dar continuidade às investigações em CPI’s da qual foi relator na AL-MT.

 

“O meu irmão errou, pagou por isso, saiu espontaneamente da campanha. O governo Silval roubou e o senhor ficou caladinho. Está aí a CPI da Copa, o senhor foi fiscal, relator da CPI das Cooperativas e não deu em nada, virou pizza. O senhor é o maior pizzaiolo da Assembleia?”.

 

Previdência do Município (Atualizada às 23h02)

 

Wilson pediu para Emanuel citar duas medidas para o alto crescimento de gastos com previdência no Município. Emanuel disse que irá trabalhar em conjunto com o servidor para garantir o instituto da previdência, que, segundo ele, passa por momento delicado em Cuiabá.

 

“Cuidado, Cuiabá, candidato tem que se preparar. Eu perguntei que citasse duas medidas. Ele não sabe, não conhece nada de servidor. Vai recorrer a servidores. Cuidado, você precisa votar no mais preparado”, disse Wilson.

 

“Cuidado Cuiabá, com a arrogância, prepotência dos que lá estiveram e não fizeram para evitar esse caos na previdência, até porque servidor nunca foi prioridade para ele. Ele sempre chamou servidor de vagabundo. eu vou discutir com servidor a sua previdência, porque tenho credibilidade, palavra que falta a meu adversário”, rebateu Emanuel.

 

O que tem nesse pacote? (Atualizada às 23h13)

 

O candidato Emanuel Pinheiro agora faz uma pergunta ao adversário. “Depois de 20 anos, o governo de Mato Grosso voltou a atrasar os salários. O Governo prepara um pacote contra os servidores públicos, mas deixou para depois da eleição para não prejudicar sua candidatura”, disse Emanuel.

 

“O que tem nesse pacote contra os servidores? É verdade que vão extinguir a Metamat? Não fuja da pergunta, responda. Não faça como fez na pergunta sobre a ameaça aos servidores”, questionou Emanuel.

 

Wilson diz que defende a manutenção da Metamat. “Defendo a mineração, o turismo, o agronegócio e a industrialização do Estado. Em relação a servidores, eu peguei a Prefeitura com três salários atrasados. Eu nunca chamei servidor de vagabundo. Foi uma discussão com um servidor, mas depois pedi desculpa. Eu tenho todo o respeito aos servidores. Agora, o Brasil passa a maior crise do período republicano”, afirmou.

 

Emanuel não se satisfez com a resposta. “Servidor público, vocês foram violentados com o pagamento da RGA [Revisão Geral Anual]. Cuidado com o pacote do Governo”, alertou o peemedebista.

 

Wilson responde. “O governado Pezão, do Rio de Janeiro, que é do PMDB, que estuda reduzir em 25% os salários dos servidores. O presidente Temer, que é do 15, anunciou o programa de corte de gastos públicos, que congela os gastos por 15 anos”, disse o tucano.

 

“Emanuel, nós temos que ver a cidade como um todo. Servidor é importante,mas é preciso lembrar dos outros também”.

 

WS questiona sobre LRF e Emanuel cita "pegadinha" (Atualizada às 23h17)

 

O tucano perguntou ao peemedebista sobre a LRF (Lei de Responsabilidade Fiscal) e pede para Emanuel citar três condicionamentos para que haja a transferência de recursos da União para Cuiabá.

 

Emanuel não citou e classificou a pergunta como “pegadinha”.

 

“Me lembra um debate seu com o prefeito Mauro Mendes, em que perguntou a rua atrás da sua casa. Deixa de ser Wilson Santos um pouco. A lei tem 75 artigos, o senhor decora em casa e vem aqui como professor de cursinho fazer pegadinha? Sou professor de Direito Constitucional, vou respeitar as leis, preciso de bons técnicos e não para fazer brincadeiras de mau gosto. Teremos um corpo técnico preparado, ninguém faz nada sozinho.

 

Wilson citou os três requisitos (cumprimento de duodécimos na educação, na saúde e arrecadação de todos os tributos) e negou ter feito tal pergunta a Mendes.

 

“Quem fez a pergunta ao Mauro foi o Walter Rabello”.

 

Emanuel desmentiu: “Foi o senhor sim, que também fez a pergunta da diferença entre Cururu e Siriri. Terei grandes técnicos. E sem a sua arrogância vou melhorar a vida das pessoas, fazer a Prefeitura funcionar e levar os serviços públicos de qualidade à população”.

 

Saúde pública (Atualizada às 23h20)

 

Emanuel relembrou que durante a gestão de Wilson, enquanto prefeito de Cuiabá, os dentistas estiveram em greve durante um longo período.

 

“Essa longa greve foi intransigência dos dentistas ou intolerância sua?”.

 

Emanuel perguntou também qual a opinião de seu adversário com relação aos repasses do Governo do Estado aos municípios, na área da saúde, que estão em atraso.

 

“O governador Pedro Taques irá repassar R$ 51 milhões para a conclusão do Pronto Socorro. Precisou Pedro Taques chegar ao governo para consolidar a parceria com Mauro Mendes para sair o Pronto Socorro. (...) Teve greve comigo? Teve! Assim com não teve na educação nenhum dia. Nem sempre a gente consegue conciliar a vontade, o interesse e o direito que o médico têm. O senhor fala isso porque não tem experiência. Nenhum prefeito gosta de greve”, respondeu.

 

Na réplica, Emanuel disse que abre mão da experiência de seu adversário. “Essa sua experiência eu não quero ter”, alfinetou.

 

“Na sua gestão caiu o teto do Pronto Socorro, pela pressa para entregar a obra. Foi um dos piores períodos da saúde pública. O passado não pode voltar travestido do futuro”, finalizou Emanuel.

 

Na tréplica, Wilson disse que o médico Julio Muller é um dos possíveis nomes cotados para a Secretaria de Saúde e que aprendeu com os erros cometidos em suas gestões passadas.

 

“Na minha gestão os indicadores da saúde melhoraram, mas é claro que houve problemas. Não caiu o teto, caiu um pedaço do forro. Eu terei agora a consultoria do Julio Muller. Eu não sei se ele será secretário, mas tenho discutido saúde com ele. Nós vamos revolucionar a saúde em Cuiabá. Eu cometi meus erros, mas aprendi”.

 

Obras do VLT (Atualizada às 23h21)

 

Wilson questionou Emanuel sobre as obras da Copa, da qual o peemedebista chegou a ser membro da comissão de fiscalização da Assembleia. Perguntou o motivo de Emanuel ter parado de falar na municipalização do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT).

 

“Quem assumiu promessas irresponsáveis foi você, que disse que ia municipalizar o saneamento. Eu não disse que ia trazer o VLT para a Prefeitura de Cuiabá, disse que o prefeito não pode ignorar os dois anos de imobilismo do transporte enquanto a população paga uma péssima qualidade. Eu defendo que faça uma PPP. Mas o Estado tem que retomar. E eu, como prefeito, vou fazer pressão legitima”, disse Emanuel.

 

Wilson rebateu, então, dizendo que Emanuel era membro da comissão da Assembleia e não viu as irregularidades que ocorriam nas obras na gestão Silval Barbosa.

 

“Enquanto você morava um ano em Portugal, fazendo pós-graduação, eu estava aqui fiscalizando, e os recursos, todos federais, tinha, Pedro Taques como membro de fiscalização no Senado. Tanto ele quanto eu fomos omissos? Não quero ser injusto com Taques. Fiscalizei, fiz minha parte”, afirmou Emanuel.

 

Direito de resposta (23h26)

 

Na abertura do terceiro bloco, Emanuel ganhou direito de resposta em razão de ter sido chamado de “pizzaiolo”, pelo fato de as CPIs comandadas por ele não ter chegado a resultados.

 

"Sempre prezei pela população", afirmou Emanuel.

 

O deputado também falou que não tem nada com o ex-governador Silval. "Emanuel Pinheiro é independente e ninguém coloca cabresto em mim".  

 

O departamento de jornalismo da emissora negou direito de resposta para Wilson.

 

CPI do MT Saúde e acusações mútuas (Atualizada às 23h36)

 

Emanuel Pinheiro disse que a Caixa Econômica Federal está intimando o atual prefeito para explicar recursos de obras de saneamento da gestão de Wilson e perguntou onde estão tais recursos.

 

“Essa providência é de praxe da Caixa. Eu recebi vários. Não há nenhuma preocupação de minha parte. Eu não nasci em berço de ouro. Não tive a mesma chance que você. Não aceitei me aposentar pelo FAP. Eu fui o primeiro a denunciar. Fui ao Supremo contra esse privilégio. Você na CPI do MT Saúde absolveu todo mundo, inclusive o Yuri bastos, que é um dois seus financiadores. Até o [José] Riva teve um parecer diferente do seu, dizendo que havia desvio. Quando relata algumas CPIs, tem dificuldade em esclarecer, fica bravo. Já está com canga do Silval.

 

Emanuel rebate: "Se eu nasci em berço de ouro, os seus filhos também? De onde vem essa fortuna? Não aceitou o FAP, mas aceitou receber uma boquinha de R$ 12 mil por mês do Governo de Minas Gerais para apoiar Aécio Neves. E de fato eu fui contra Riva mesmo".

 

Wilson voltou a citar os apoios de Emanuel. "Quero dizer que eu não tenho vergonha dos meus parceiros. Mas o Riva, a Janaína, o Eder [Moraes], o Chico Galindo, todos eles hoje trabalham pra Emanuel. O Galindo levanta recursos. Não sei porque tanta ingratidão com o Silval. Antes batia palmas e agora critica. Silval, Marcel de Cursi. Eu não tenho nada a ver com Riva. Meu grupo é Pedro Taques”.  

 

Relação com ex-secretários presos (Atualizada às 23h37)

 

Wilson perguntou à Emanuel qual a relação do peemedebista com o ex-secretário de Fazenda, Marcel de Cursi.

 

“Não sei se o senhor já o visitou no Centro de Custódia onde ele está preso”, argumentou Wilson.

 

“Uma intimidade muito menor que o senhor tem com o Permínio Pinto, que está preso no mesmo lugar que o Marcel. Permínio é da sua casa, foi seu vereador, não sei nem se o senhor foi visitá-lo. Devia tê-lo feito, pois ele era da sua casa”, contra-argumentou.

 

“Nossa relação foi republicana e evidentemente técnica, quando o governador, na minha opinião, naquele momento, colocou os pés pelas mãos. O Marcel era servidor público do Estado, o deputado Emanuel fez perguntas a ele e trocou ideias alternativas”, completou.

 

Na réplica, Wilson perguntou se Emanuel quis participar da CPI que investiga a sonegação no Estado para “blindar” a empresa Caramuru Alimentos.

 

“Não prevarique. Se tem alguma dúvida, coloque as cartas na mesa como fiz com seu irmão. Eu não fiz acordinho de bastidores. Pare com essas jogadinhas, o senhor não vai me pegar, eu não tenho rabo preso e não me preocupo. Quem não tem rabo preso não tem o que temer”.

 

Rodoanel e prejuízo a Cuiabá (Atualizada às 23h34)

 

Emanuel disse que o prefeito Mauro Mendes foi intimado a devolver a quantia de R$ 1 milhão por conta de recursos do Rodoanel. E questionou Wilson sobre as obras que estão inacabadas.

 

“Quando idealizamos o belíssimo Rodoanel, a Sema não aceitou liberar licenças ambientais se não tivesse um conjunto de ações. Cumprimos e usamos dinheiro do DNIT para fazer plantio de árvores, passagem subterrânea para animais. O DNIT quer que a Prefeitura devolva esse dinheiro porque foi a beneficiária. Tanto que não há cobrança de Wilson, mas da Prefeitura”, disse Wilson.

 

“Por se tratar de TCU, é natural que se cobre do município para depois abrir ação até criminal contra antigo gestor. Depois de 7 anos longe da Prefeitura, Wilson continua dando prejuízo a Cuiabá”, rebateu Emanuel.

 

“Quem tem dado prejuízo a população é seu FAP. Você pagou R$ 580 mil e se chegarmos aos 85 anos, você terá recebido R$ 15 milhões, com 100% de dinheiro público. Quem tem lesado erário é Emanuel. Eu denunciei o FAP”, disse Wilson.

 

Propina de R$ 4 milhões (Atualizada às 23h48)

 

O candidato Wilson Santos disse que amanhã irá ao Ministério Público e à Defaz (Delegacia Fazendária) encaminhar denúncia "grave" do envolvimento de Emanuel "no caso Caramuru Alimentos”.

 

“Quem me passou [a denúncia] foi seu irmão, Marco Polo, e sua cunhada Bárbara, sobre uma possível de propina de R$ 4 milhões”, disse Wilson.

 

Emanuel critica o candidato tucano. “Primeiramente, não prevarique. O senhor prevaricou. Agora, na semana das eleições, que eu estou liderando, depois de seu irmão cometer um ato criminoso, que o senhor tenta minimizar, nós o denunciamos. Não passamos a mão na cabeça dele, que tentou coagir servidores. Deve ser investigado. O senhor tenta minimizar a denúncia contra seu irmão”, afirmou Emanuel.

 

“Nunca fiz negócio com meu irmão. Ele foi funcionário seu. O senhor o chamou para assessorar ”

 

Wilson reforçou a denúncia. “Deputado Emanuel, eu fui procurado pelo seu irmão e sua cunhada. E ambos, muito nervosos, me trouxeram uma gravíssima denúncia. Pedi para ir ao MP. Ela falou que já foi e que o promotor mandou voltar depois da eleição”, afirmou o tucano.

 

Emanuel diz que é “impressionante a cara de pau” de Wilson. “Deputado, faça a denúncia. O senhor prevaricou e vai pagar, como seu irmão. O senhor ficou nervoso e quer descontar. O senhor prevaricou. Repito: quem sempre teve relação comercial e de assessoria com meu irmão foi Wilson Santos”.

 

Direito de resposta de Emanuel (Atualizada às 23h50)

 

Emanuel Pinheiro usou o direito de resposta sobre a suposta ligação com Silval, citada por Wilson.

 

“Lideramos as pesquisas e por isso fazem essas ligações levianas. Zelo pela independência de minha vida pública. Se ele roubou, pague no rigor da lei. Eu nada tenho de ver com ele. Tenho CPF, residência fixa. Ninguém põe cabresto em Emanuel Pinheiro. Respondo pelos meus 28 anos de vida pública”.

 

Direito de resposta de Wilson (Atualizada às 23h53)

 

Wilson teve direito de resposta garantido após Emanuel lhe chamar de “cara de pau” e dizer que ele não deveria ter se candidatado para estas eleições.

 

“A população tem que ver quem é cara de pau. Alguém que consegue se aposentar aos 30 e poucos anos de idade e faz o maior rodeio e bla bla bla para falar sobre isso. É só ir a uma fila de INSS. O jornalista Mario Marques de Almeida me autorizou a falar sobre isso. Ele luta por uma aposentadoria de R$ 1.900 reais. Eu não sei quem é cara de pau. Era o grande líder de Silval, o aplaudia, hoje foge de Silval e de Carlos Bezerra como o diabo foge da cruz”.

 

Propina volta a ser assunto (Atualizada às 23h52)

 

No último bloco, os jornalistas voltaram a fazer perguntas aos candidatos. Mauro Camargo questionou se Emanuel, realmente, recebeu propina da empresa Caramuru.

 

“Não, mil vezes não. Quem fez essa denúncia foi o lixo do jornalismo mato-grossense, Ely Santantonio, homem que está escondido e ninguém acha, denunciado pela Polícia. Ele declarou que Wilson prometeu pagar para que fizesse uma denúncia em seu jornal, O Liberal. Disse que a equipe de Wilson mandou rodar 50 mil jornais para atacar minha honra, porque estou liderando todas as pesquisas. Wilson não vai me nivelar a ele. Ele vai denunciar, que bom que o faça”, disse Emanuel.

 

“Quem tem que esclarecer é quem esta faltando com a verdade. É que eu não posso mostrar documento, Wilson prometeu migalhas por quinzena a Ely, tentando me atingir, esse é o Wilson que faz qualquer coisa para atingir o poder a qualquer custo. Ele está preocupado com a vida dele”, afirmou.

 

Wilson pediu direito de resposta por conta das declarações de Emanuel.

 

Dinheiro para cozinha industrial (Atualizada à 0h02)

 

O jornalista Mauro Camargo insistiu sobre a suposta denúncia de propina paga a Emanuel Pinheiro. “Por que o senhor não denunciou ao MP?”, questionou Camargo.

 

Wilson respondeu: “Eu fui procurado pelo Marco Polo e por sua esposa Bárbara. Eu os recebi no meu apartamento, sem nenhuma agenda, coincidentemente eu tinha chegado e eles chegaram e abriram o coração”, explicou Wilson Santos. “Eu disse à dona Barbara: ‘a senhora tem que ir ao MP’. Ela falou que foi, mas o promotor disse que era para esperar passar a eleição. Amanhã eu vou à Defaz levar documentos substanciais. O Emanuel insistiu em participar da CPI da Renúncia Fiscal, inclusive entrou na Justiça”, disse Wilson.

 

“O que falou a dona Barbara, com aval do Marco Polo, é que houve um grande esquema de nota vai e nota vem, e aí auferiu-se uma propina de R$ 4 milhões. Parte foi para a compra de uma cozinha industrial para servir os trabalhadores da empresa Aurora, que fazia obra no Minha Casa Minha Vida”, relatou o tucano. “Tudo faz parte de um grande esquema de desvio na política de desvio de recursos por meio de incentivos fiscais, do qual faziam parte o Silval, Marcel de Cursi e Pedro Nadaf”.

 

Coletiva dará detalhes de propina (Atualizada às 00:08)

 

A jornalista Margareth Botelho disse ao candidato Wilson Santos que não ficou clara a denúncia envolvendo o candidato Emanuel Pinheiro sobre a propina.

 

O tucano afirmou que dará mais detalhes nesta segunda-feira (24).

 

“Vou dar uma entrevista coletiva amanhã, às 14h, onde darei um depoimento esclarecedor. Fui procurado pelo irmão de Emanuel, o Popó, e a mulher dele, Bárbara. Eles achavam que eu tinha um vídeo, uma fita, que eu mostraria no programa eleitoral. Eu não tinha isso. E eles explicaram sobre a questão da Caramuru, e que parte da propina ficou com ela. Vamos levar à Delegacia Fazendária, ao Ministério Público. Vamos pedir investigações da Defaz para esclarecer esse quebra-cabeça”.

 

“Eu não vou antecipar para não esvaziar a coletiva. Vamos apresentar algo muito importante. Muito forte, muito contundente. O governador Silval está na cadeia por denúncia de João Batista Rosa, esquemão de incentivos fiscais. E agora trago outra denúncia. Não fui eu que procurei, não fui eu que fui atrás. Houve uma propina de 4 milhões e vamos averiguar isso”.

 

“Não tenho negócios com meu irmão, Wilson sim” (Atualizada às 00h11)

 

A jornalista Margareth Botelho perguntou ao candidato Emanuel Pinheiro como ele se sente com um irmão que o denuncia ao seu adversário.

 

“Eu já sei bem o que está acontecendo aqui. É a falta de escrúpulos do meu adversário. Se tem problemas com meu irmão que se investigue. Ele vai responder por isso: pela prevaricação, por de forma leviana me envolver no episódio e, vai responder porque não irá provar nada. Segurar 30 dias e dizer que foi pego de surpresa? Respeite a inteligência da população. Eu não tapei o sol com a peneira, eu não te procurei para tentar negociar nada, eu tornei público”.

 

A jornalista voltou a perguntar: “Me esclareça porque o seu irmão há 30 dias atrás esteve na casa do seu adversário Wilson Santos”.

 

“Tem que perguntar para o meu irmão. Ele sempre fez consultorias para empresários, sabe quem foi seu maior cliente? Wilson Santos. Eles são tomadores de vinho. Eu nunca fiz negócio com meu irmão, mas Wilson sim. Eu não tive nenhum negócio com meu irmão, pode apurar, estou com a consciência tranquila”.

 

Qualidades e defeitos (Atualizada às 00h10)

 

O jornalista Lucio Sorge questionou qual a razão para o eleitor votar em Emanuel e não em Wilson. E perguntou se as denúncias contra o peemedebista atrapalham em convencer o eleitorado.

 

“Os defeitos de meu adversário a população já conhece e não quero citar. Eu sou ficha limpa, não respondo processos por improbidade. Nunca lesei o patrimônio público, nunca viram meu nome envolvido em denúncias, a não ser agora na semana de eleição, revivendo 2004 e 2008, a mesma figurinha carimbada. A gestão de Emanuel vai ser aberta para o povo”, disse.

 

“Essas denúncias são mentiras que surgiram agora, depois que liderei as pesquisas. E já esclareci todas. O meu compromisso é com o eleitor. Emanuel Pinheiro é ficha limpa. E agora, querem me atacar de toda forma. Olha que absurdo: denúncia contra meu irmão, que não me atinge em nada. Tenho consciência tranquila, não estou envolvido nesse mar de lama que querem me jogar”, completou.

 

"Tenho portas abertas em Brasília" (Atualizada às 00h16)

 

O jornalista Lúcio Sorge perguntou a Wilson Santos por que votar nele e não em Emanuel. ”Qual sua maior qualidade e qual o grande defeito de seu adversário?”, questiona o jornalista.

 

“Porque eu vivo o melhor momento de agregação de forças para governar Cuiabá. Quando fui prefeito, não tinha o apoio do governador. Já fizemos a maioria da Câmara, com 14 vereadores. Temos o governador Pedro Taques, que está ajudando a construir o Pronto-Socorro, vai ajudar o Rodoanel, vai ajudar a trazer a Unemat a Cuiabá”, afirmou Wilson.

 

“Meu concorrente não conseguiu gravar com nenhuma liderança. O presidente não gravou para ele, o Blairo Maggi não gravou para ele. O Aécio veio aqui, o Cassio Cunha Lima veio aqui. Eu tenho as portas abertas em Brasília”.

 

Sorge pergunta sobre a denúncia contra o irmão, a renúncia da Prefeitura e a acusação de que não cumpre promessas. “Isso não prejudica a imagem do senhor?”, pergunta.

 

“Diziam que não chegaria ao segundo turno. A rejeição que mais cresce é do senhor Emanuel. Sobre meu irmão, Elias errou e deve pagar. Mas ele não recebeu propina. Ele falou para 24 comissionados. Um coração de irmão, num momento de estresse, exagerou. Não há acusação de propina sobre Elias, de esquema de incentivos fiscais”, disse.

 

Direito de resposta sobre CPI (Atualizada às 00h17)

 

Emanuel Pinheiro conseguiu direito de resposta sobre a CPI de Renúncia e Sonegação Fiscal, uma vez que Wilson disse que ele quis "estranhamente" compor a CPI.

 

“Essa CPI é para passar a limpo a questão da sonegação fiscal. O Wilson santos quis nomear todos os seus membros. Eu fui até a Mesa Diretora exigir o nosso espaço. Ganhei apoio e a Justiça nos deu o direito a compor a CPI. Depois caíram os direitos, mas os próprios deputados me deixaram lá e o próprio Wilson Santos votou em mim para ser relator”

 

Direito de resposta de Wilson Santos (Atualizada às 00h19)

 

Wilson teve seu direito de resposta concedido após ter sido acusado de “figurinha carimbada, lobo em pele de cordeiro e por falta de escrúpulos”.

 

“Eu lamento esse tipo de palavreado. Emanuel é bacharel em direito, advogado e perdeu completamente o equilíbrio durante o programa. Ele não esperava a colocação sobre a ‘Caramuru’ que fizemos. As duas perguntas técnicas que fizemos o senhor não soube responder. Não está pronto! Pode ser que daqui a um tempo, como deputado, vá mais longe. É um risco fazer de Cuiabá laboratório. Cuiabá não pode viver de improviso nessa crise enorme. Wilson e Pedro Taques são a melhor opção”, disse Wilson.

 

Prefeito mais maduro (Atualizada às 00h19)

 

Em suas considerações finais, Wilson diz ser ficha limpa e que será um prefeito mais maduro.

 

“Quero agradecer o candidato Emanuel Pinheiro, por vir ao debate, isso não tem sido constante, falta muito. Eu sou ficha limpa. O TCU e TCE deferiram minha candidatura. Estou maduro, tenho a parceria com Pedro Taques. Tenho menos chance de errar. Cuiabá não pode cair em uma aventura. Eu quero cuidar dos mais pobres, dos que querem emprego, renda, que se sentem excluídos da sociedade. Quero ser um prefeito maduro e experiente”, disse.

 

"Não me escondo atrás de apoio" (Atualizada à 0h24)

 

Nas considerações finais, Pinheiro agradece a todos e parabeniza a TV Record pelo debate. E aproveita para criticar mais uma vez Wilson Santos. “Eu não me escondo atrás de apoio político. Eu me garanto. Quero apoio para transformar Cuiabá. Sou o candidato com mais apoio na bancada federal. O presidente [Michel Temer] me apoia”, afirmou.

 

“Eu enfrento o Wilson Santos, não enfrento o Pedro Taques. O eleitor quer construir uma história e fazer chegar serviços públicos com eficiência ou quer voltar ao passado de traições, de desilusões, um passado de abandono a Cuiabá? Minha candidatura é para sepultar esse passado”, afirmou.