A promotora Lindinalva Rodrigues, da 13ª Promotoria Cível do Patrimônio Público e da Probidade, negou que o MPE tenha “esmorecido” ao longo dos anos no combate a crimes do colarinho branco.
Segundo ela, o órgão tem investigado de maneira mais discreta, evitando qualquer episódio em que possa acusar alguém e depois o caso não se comprove.
Uma das críticas ao MPE, em anos anteriores, era justamente a espetacularização de grandes operações.
“Entendo que o Ministério Público tem que ter muito cuidado com a reputação das pessoas, porque ninguém merece ser acusado de algo que depois pode ser tido como não verossímil (não verdadeiro)”.
“Algo que leva muitas vezes ao erro e que deve ser investigado, mas que não precisa ser colocado na mídia como se a pessoa já tivesse sido condenado, como se a pessoa já tivesse de fato praticado o ilícito, porque muitas vezes o político precisa do nome limpo, vamos dizer assim. Eles que vivem do voto e sai uma notícia, uma entrevista contra, isso pode prejudicar e enterrar a carreira. Nós do Ministério Público temos que zelar também por isso”, disse.
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