A promotora de Justiça Lindinalva Rodrigues criticou o pouco espaço dado às mulheres em cargos de poder. Ela citou como exemplo o caso vivido por ela mesmo, que concorreu duas vezes a cadeiras no Tribunal de Justiça e foi preterida.
Nas duas vezes que tentou uma cadeira no Judiciário pela vaga de indicação do MPE, Lindinalva perdeu para os agora desembargadores Wesley Sanchez e Marcos Regenold Fernandes.
“O homem é como se ele fosse competente naturalmente. A mulher, não. Ela tem que provar a competência todos os dias, o tempo todo. E temos, sim, dificuldade de alcançar esses cargos mais importantes que seriam de chefia”, afirmou.
“Nunca tivemos uma procuradora-geral de Justiça em Mato Grosso, por exemplo. Nunca tivemos uma desembargadora indicada pelo quinto constitucional, embora tenhamos tido excelentes candidatas. Inclusive, eu também fui candidata e acho que tanto eu como todas as outras colegas tínhamos currículos excelentes para essas atribuições, mas vemos isso em todas as áreas”.
“Se há um cargo muito importante, muito relevante, geralmente são concedidos aos homens. Isso é uma injustiça”, acrescentou.
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