Cuiabá, Quinta-Feira, 7 de Agosto de 2025
OPERAÇÃO MANTUS
25.09.2019 | 15h31 Tamanho do texto A- A+

Após quase 4 meses, TJ revoga prisão preventiva de Arcanjo

Decisão foi tomada de forma unânime pela Segunda Câmara Criminal do Tribunal de Justiça

MidiaNews

O bicheiro João Arcanjo Ribeiro, que teve prisão revogada

O bicheiro João Arcanjo Ribeiro, que teve prisão revogada

CAMILA RIBEIRO
DO MIDIAJUR

A 2ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJ-MT) revogou, por unanimidade, a prisão do bicheiro João Arcanjo Ribeiro, que estava detido desde o dia 29 de maio.

 

A prisão ocorreu durante a Operação Mantus. Na ocasião, foram presos membros dos dois grupos (Colibri de Arcanjo e FMC Ello de Coutinho) acusados de envolvimento com lavagem de dinheiro e jogo do bicho em Mato Grosso.

 

A revogação da prisão ocorreu durante sessão da 2ª Câmara, realizada na tarde desta quarta-feira (25).

O voto do desembargador relator Rui Ramos foi acompanhado pelos desembargadores Pedro Sakamoto e Marcos Machado.

Trata-se de uma pessoa reconhecidamente condenada no nosso Estado, isso ninguém dúvida. Só que processos anteriores não podem ser trazidos para dentro destes autos

 

Em seu voto, o relator Rui Ramos afirmou que os fatos apontados contra Arcanjo, se analisados isoladamente, não dão certeza de que ele estaria chefiando esquema de jogo do bicho.

 

“Trata-se de uma pessoa reconhecidamente condenada no nosso Estado, isso ninguém dúvida. Só que processos anteriores não podem ser trazidos para dentro destes autos”, advertiu o relator.

 

“Se fatos ocorreram, não vi na decisão onde estariam os argumentos. Estou concedendo a ordem, não por conceder a liberdade, mas para que ele retorne ao regime em que se encontrava (semiaberto). É o que encontro no processo. Coisas que estão fora do processo não consigo avaliar”, emendou o relator.

Arcanjo ficou preso durante 15 anos, por crimes como homicídio e lavagem de dinheiro, mas deixou a prisão em fevereiro de 2018, quando passou a ser monitorado por tornozeleira eletrônica. Ele permaneceu nesta condição até o dia 29 de maio deste ano, quando voltou a ser preso.

 

Operação Mantus

 

A Operação Mantus prendeu, além de Arcajo, o genro dele, Giovanni Zem - ambos acusados de chefiar a "Colibri" - e o empresário Frederico Müller Coutinho, apontado como líder da organização FMC Ello, além de outros acusados.

 

Os dois grupos, segundo a Polícia Civil, disputavam "acirradamente" o espaço do jogo do bicho no Estado.

 

Segundo o delegado Luiz Henrique Damasceno, a investigação começou em agosto de 2017, quando a Polícia Civil recebeu uma denúncia de um colaborador que não quis se identificar sobre a permanência e continuidade do jogo do bicho em Cuiabá. 

 

No total, a operação cumpriu 63 mandados judiciais, sendo 33 de prisão preventiva e 30 de busca e apreensão domiciliar. Todos os presos foram denunciados, posteriormente, pelo Ministério Público Estadual por, entre outras coisas, integração de organização criminosa, lavagem de dinheiro, contravenção penal do jogo do bicho e extorsão mediante sequestro.

 

 

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EMORAES  26.09.19 08h54
Todo cidadão tem o direito a defesa, o TJ/MT restabelece a ordem no despacho do relator do processo, aplausos aos nobres Desembargadores.
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