Cuiabá, Sábado, 14 de Junho de 2025
CRISE FINANCEIRA
19.05.2015 | 07h46 Tamanho do texto A- A+

Em recuperação judicial, Ariel revela dívida de R$ 18,7 milhões

Credores da concessionária têm 10 dias para contestar valores apresentados à Justiça

MidiaNews

Pedido de recuperação judicial foi aceito pelo juiz Luis Otávio Pereira Marques, da 4ª Vara Cível de Várzea Grande

Pedido de recuperação judicial foi aceito pelo juiz Luis Otávio Pereira Marques, da 4ª Vara Cível de Várzea Grande

LISLAINE DOS ANJOS
DA REDAÇÃO
A concessionária Ariel Automóveis, da Volkswagen, com sede em Várzea Grande, apresentou à Justiça Estadual a lista de credores com os quais possui débitos que somam R$ 18.757.980,83.

O Grupo Ariel é formado pelas empresas Ariel Automóveis Várzea Grande Ltda. e Ekak Administrações de Participações Ltda. – ambas várzea-grandenses -, tendo ingressado com o pedido de recuperação judicial em janeiro deste ano.

O pedido foi aceito pelo juiz Luis Otávio Pereira Marques, da 4ª Vara Cível de Várzea Grande, em 2 de fevereiro, que destacou o advogado Bruno Medeiros Pacheco como o administrador judicial da causa.

Com a publicação da dívida no Diário Oficial que circulou na segunda-feira (18), os credores ou o Ministério Público Estadual possuem 10 dias para ingressarem com pedido de impugnação, em caso de contestação dos valores relacionados.

A lista é composta, em grande parte, por dívidas trabalhistas, mas há ainda débitos contraídos pelo grupo junto a instituições financeiras – como o Banco Volkswagen S/A (R$ 3.133.102,39), Bic Banco (R$ 508.529,00) e o Sicredi (R$ 1.549.640,69) –, bem como empresas fornecedoras de peças de veículos e serviços terceirizados (tais quais gráfica, informática, papelaria).

Pedido de recuperação

Inaugurada em 1992, a empresa chegou a ser reconhecida como a "revendedora número 1" da Volkswagen no Brasil em 2012.

Além de ser afetada pelo quadro econômico mundial, a empresa alega sofrer, nos últimos cinco anos, uma “concorrência desleal”, desde a entrada de marcas estrangeiras (China, Coreia, Japão), que – em vista de incentivos fiscais exclusivos - colocam seus produtos à venda abaixo do preço de custo, inviabilizando, por consequência, a margem de lucro do grupo.

A empresa afirma, ainda, ter sido diretamente prejudicada pelas obras de mobilidade urbana na Avenida da FEB.

No local, desde 2012, vêm sendo realizadas intervenções para a implantação do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT), sem que, até hoje, a obra – prevista para a Copa do Mundo – tenha sido concluída.

“Regionalmente, as interferências do governo estadual para a implantação do Veículo Leve sobre Trilhos – VLT, com a interdição da Avenida da FEB, para o início das obras e bloqueio do acesso principal à concessionária, acarretaram uma redução drásticas nas vendas, chegando ao assustador índice de 40% de queda”, diz trecho do pedido.

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