A Justiça recebeu denúncia do Ministério Público Estadual (MPE) contra Ana Claudia de Souza Oliveira Flor, por homicídio qualificado praticado contra o próprio esposo, Toni da Silva Flor.
Além dela, também passam a ser réus pelo mesmo crime Igor Espinosa, Wellington Honorio Albino, Dieliton Mota da Silva e Ediane Aparecida da Cruz Silva. A denúncia inclui ainda Sandro Lúcio dos Anjos da Cruz Silva, que responderá por falso testemunho, após ter feito afirmação falsa no âmbito do inquérito policial.
A decisão é do juiz Flávio Miraglia Fernandes, da 12ª Vara Criminal de Cuiabá, e foi publicada na quarta-feira (8).
O magistrado ainda converteu a prisão temporária de Ana Claudia, Igor Espinosa, Wellington Albino e Dieliton Mota em preventiva.
Por outro lado, revogou a prisão temporária de Ediane Aparecida em medidas cautelares, como uso de tornozeleira eletrônica. Sandro Lúcio também responde o processo em liberdade.
O juiz determinou a intimação dos réus para se manifestarem aos autos em um prazo de 10 dias.
O caso
Consta na denúncia, que no dia 1º de agosto do ano passado, por volta das 7h, em frente a uma academia, a vítima foi atingida por disparos de arma de fogo efetuados por Igor Espinosa, a mando de Ana Claudia de Souza Oliveira Flor.
Para a concretização do crime, conforme acusa o MPE, a esposa teria sido auxiliada por Wellington Honorio Albino, Dieliton Mota da Silva e Ediane Aparecida da Cruz Silva.
De acordo com a investigação, Toni da Silva Flor e Ana Claudia de Souza Oliveira Flor estavam casados há 15 anos, tendo inclusive três filhas.
O casamento, no entanto, vinha se deteriorando, notadamente por conta de relacionamentos extraconjugais da acusada, segundo conclusão do inquérito policial. Alguns dias antes de ser morto, Toni teria anunciado a intenção de se separar.
“Inconformada com a anunciada separação e, com a torpe motivação de se apropriar da totalidade dos bens do casal, Ana Claudia começou a engendrar um plano para extinguir a vida de Toni e, para tanto, pediu auxílio à sua manicure e amiga Ediane Aparecida da Cruz Silva na procura por um 'matador'".
"Ediane Aparecida da Cruz Silva acedeu à macabra solicitação e contactou Wellington Honorio Albino que, por sua vez, com o auxílio de seu amigo Dieliton Mota da Silva, “terceirizou” o serviço homicida, propondo que a execução do crime fosse perpetrada por Igor Espinosa, que aceitou a tarefa”, diz a denúncia do MPE.
Durante a investigação, a Polícia Civil constatou que o crime foi encomendado mediante oferta de pagamento no valor R$ 60 mil, mas a esposa teria repassado somente R$ 20 mil.
Verificou-se também que o executor gastou todo o dinheiro em festas no Rio de Janeiro. Consta nos autos, que os detalhes do crime foram discutidos em reunião virtual via WhatsApp.
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