O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) prorrogou por mais 140 dias o Processo Administrativo Disciplinar (PAD) que investiga a conduta do juiz Wladymir Perri, ex-titular da 12ª Vara Criminal de Cuiabá, por suposta infração disciplinar na condução do inquérito sobre a morte do advogado Roberto Zampieri.
A decisão foi tomada durante sessão virtual realizada na última sexta-feira (13). O resultado do julgamento foi disponibilizado nesta terça-feira (17).
“O Conselho, por unanimidade, prorrogou o prazo para a conclusão da instrução por mais 140 (cento e quarenta) dias, a contar de 30/04/2025, nos termos do voto da relatora”, consta no andamento processual, que está em segredo de Justiça.
A relatora do processo é a conselheira Daniela Pereira Madeira.
Ela foi acompanhada pelos demais conselheiros: Luís Roberto Barroso, Mauro Campbell Marques, Caputo Bastos, José Rotondano, Mônica Nobre, Alexandre Teixeira, Renata Gil, Daniela Madeira, Guilherme Feliciano, Pablo Coutinho Barreto, João Paulo Schoucair, Ulisses Rabaneda, Marcello Terto, Daiane Nogueira de Lira e Rodrigo Badaró.
O PAD foi aberto em dezembro do ano passado por determinação do corregedor nacional de Justiça, ministro Mauro Campbell Marques.
Ao analisar os documentos do processo, ele afirmou que havia indícios de desvio funcional do magistrado.
Entre as irregularidades cometidas pelo juiz, Campbell Marques destacou o fato de o magistrado ter "confiscado" o celular da vítima e negado às partes o acesso ao material. O juiz também teria violado lacres de envelopes sem o acompanhamento da defesa.
O corregedor considerou que as atitudes do magistrado foram graves e, por isso, merecem ser apurados.
Ele alegou que “há indícios de quebra de custódia de provas” sobre o investigado. Em sua defesa, o magistrado teria afirmado que recolheu as provas a pretexto de resguardar a identidade da vítima.
PAD’s arquivados
Em abril, o ministro Mauro Campbell Marques determinou o arquivamento de uma reclamação disciplinar contra o juiz Wladymir Perri referente ao episódio em que o magistrado deu voz de prisão à mãe de uma vítima de homicídio durante audiência no Fórum da Capital, em setembro de 2023. Atualmente, o magistrado responde pela 3ª Vara Criminal de Várzea Grande.
Em novembro do ano passado, o corregedor-geral também arquivou a reclamação disciplinar que Perri respondia por suposta "conduta temerária" e recorrente na condução de processos sob sua responsabilidade na 12ª Vara Criminal de Cuiabá.
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