O Tribunal do Júri de Diamantino condenou José Edson Douglas Galdino Santos a 43 anos, 6 meses e 20 dias de reclusão, mais 10 meses e 15 dias de detenção e ao pagamento de 68 dias-multa pelo feminicídio da então namorada, Lorrane Cristina Silva de Lima.
A sentença por homicídio qualificado, estupro, abandono de incapaz e ocultação de cadáver foi proferida no último dia 3. O crime ocorreu em março de 2024 e após estuprar e assassinar Lorrane, José Edson ainda trancou os dois filhos dela, menores de idade, dentro da casa com o corpo.
A sentença estabelece ainda indenização por danos morais no valor de R$ 50 mil para cada um dos dois filhos da vítima a ser paga pelo réu. Esse valor deverá ser depositado em conta bancária e ficará disponível para os menores quando atingirem a maioridade civil, aos 18 anos.
A medida visa compensar o sofrimento psicológico e emocional causado pelo crime, especialmente por terem presenciado o feminicídio e permanecido por cerca de 48 horas ao lado do corpo da mãe.
O condenado acompanhou o julgamento presencialmenta após a Secretaria de Estado de Justiça de Mato Grosso pedir o recambiamento dele da Cadeia Pública de Redenção, no Pará, para o Estado de Mato Grosso.
O crime
Conforme denúncia do Ministério Público de Mato Grosso, o crime ocorreu em março de 2024 e foi motivado por ciúmes. O réu, José Edson Douglas Galdino Santos, utilizou meio cruel e recurso que dificultou a defesa da vítima, além de ter cometido o crime no contexto de violência doméstica, na presença dos filhos menores da vítima.
Na investigação da Polícia Civil, foi revelado que o filho mais velho de Lorrane afirmou ter visto o padrasto empunhar uma faca na mão enquanto ele e Lorrane discutiam porque José queria acessar o celular da vítima.
Diante da negativa, ele golpeou Lorrane com 12 facadas, a estuprou e depois usou a digital do dedo dela para desbloquear o celular. Em seguida, o homem mandou os dois filhos de Lorrane para o quarto e disse que sairia para comprar remédios.
José Edson trancou os menores na casa no dia do crime e, desde então, não retornou mais ao imóvel.
O crime só foi descoberto quando a diretora da escola onde as crianças estudavam deu falta deles após dois dias ausentes. Quando foi verificar a situação no dia 13 de março, ela encontrou os meninos trancados na casa e acionou a Polícia Militar.
Os PMs pularam o muro da casa, arrombaram a porta para resgatar as crianças, e encontraram o corpo de Lorrane em um dos cômodos, já em decomposição.
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