Cuiabá, Segunda-Feira, 15 de Dezembro de 2025
MORTE DE ZAMPIERI
29.05.2025 | 11h00 Tamanho do texto A- A+

Zanin: fotos, diálogos e transferências ligam empresário a crime

Aníbal Manoel Laurindo foi preso nesta quarta em mais uma fase da Operação Sisamnes, da PF

STF/Reprodução

O ministro Cristiano Zanin, que autorizou operação policial

O ministro Cristiano Zanin, que autorizou operação policial

CÍNTIA BORGES
DA REDAÇÃO

O ministro Cristiano Zanin, do Supremo Tribunal Federal, revelou que as investigações da Polícia Federal encontraram fotos, diálogos e até transferências de valores que ligariam o fazendeiro Aníbal Manoel Laurindo ao assassinato do advogado Roberto Zampieri, ocorrido em 2023 em Cuiabá.

A partir da análise do aparelho celular de Etevaldo Caçadini, a autoridade policial acostou registros fotográficos, diálogos, transferências

 

O fazendeiro foi preso na 7ª fase da Operação Sisamnes, deflagrada na quarta-feira (28), que foi autorizada por Zanin. Outras quatro pessoas também tiveram ordem de prisão cumpridas. São elas: Etevaldo Luiz Caçadini de Vargas, Antônio Gomes da Silva, Hedilerson Fialho Martins, e Gilberto Louzada da Silva.

 

Conforme Zanin, as descobertas ocorreram após a PF analisar as mídias no celular de coronel do Exército Etevaldo Luiz Caçadini de Vargas, apontado como financiador da morte de Zampieri e que está preso desde o ano passado.

 

“A partir da análise do aparelho celular de Etevaldo Caçadini, a autoridade policial acostou registros fotográficos, diálogos, transferências de valores, chamadas realizadas na data do homicídio, logo após o fato, tudo a relacionar a pessoa de Aníbal Manoel Laurindo ao fato”, escreveu Zanin na decisão que autorizou a nova fase da Sisamnes.

 

Deflagrada na quarta-feira (28), esta nova etapa investiga a suposta estrutura organizacional criminosa voltada para eliminação de pessoas, mediante recompensas pecuniárias, chamado de Comando C4 (Comando de Caça Comunistas, Corruptos e Criminosos).

 

Os indícios apontam para que o fazendeiro Aníbal teria contratado o Comando C4, que tinha como integrante militares (da ativa e da reserva) e civis.  

 

O fazendeiro chegou a ser preso em março do ano passado, mas foi solto horas depois após ter um habeas corpus acolhido pela Justiça. Ele é suspeito de encomendar o crime por conta de uma disputa agrária no valor aproximado de R$ 6 milhões.

 

Veja fac-símile de decisão:

 

 

O caso 

 

Zampieri foi assassinado no dia 5 de dezembro de 2023, quando saía de seu escritório no Bairro Bosque da Saúde, em Cuiabá. Ele foi surpreendido pelo pistoleiro, Antônio Gomes, depois de entrar em seu carro. 

 

Nas investigações, a polícia apreendeu o seu celular do advogado e as conversas apontaram para um suposto esquema de corrupção envolvendo venda de decisões judiciais e de vazamento de informações judiciais sigilosas.

 

Leia mais sobre o assunto:

 

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