Faço parte de uma geração de mulheres que está fazendo a sociedade parar para pensar, sobre que é a chamada "meia-idade”.
Uma geração atrás, eu estaria me preparando para a velhice, mas como estamos no século 21, onde vivemos esse turbilhão de transformação, com a mulher adquirindo cada vez mais, autoridade para fazer suas escolhas e comportamentos sociais, quebrando tabus e adquirindo relações de igualdade, harmonia e respeito dentro da sociedade.
Junto a isso, a geração descobriu o poder transformador dos esportes, como uma saída poderosa para se expressar, superar limites, desenvolver autoestima, autoaceitação, autoconfiança e amor-próprio.
A revolução nos induz a entender que somos as balzaquianas do livro do francês Honoré de Balzac (1799-1850) -"A Mulher de 30 Anos"- que deu origem, no Brasil, ao adjetivo que faz referência a mulher madura.
Na geração anterior, aos 40 anos a mulher está a um passo de ser chamada de velha. Ao contrário disso, hoje ela está refazendo sua vida e retomando projetos. Prova disso sou eu. Acordo às 4h30 da manhã, faço três modalidades de esportes, trabalho em período integral, sou adepta de comida saudável que eu mesma encontro tempo para cozinhar. Dirijo, cuido de minha casa, optei por ser mãe de filho único e já me casei algumas vezes. Sou dona do meu nariz. Sou dona de mim e tenho uma autoconfiança invejável. Não permito relações tóxicas em minha vida. Minha paz de espírito é uma das minhas maiores riquezas.
Fui criada no interior, de maneira rígida, cheia de crenças limitantes, dei início aos estudos muito tarde, por conta de minha família morar em fazenda, tive diversos impedimentos para conseguir estudar, mesmo assim me formei, conquistei a profissão que sonhava e sinto que estou no caminho certo, vencendo um dia de cada vez.
Cheia de sonhos, projetos e confiante que tenho um mundo a meu dispor, tenho como lema de vida acordar cedo, orar, fazer atividade física, me alimentar corretamente, frequentar bons lugares, respeitar e ser respeitada, estudar, trabalhar, trabalhar e trabalhar...
Não faço nenhum tipo de negócio com minha saúde mental, ela é inegociável. Nada paga meu bem-estar. Minhas amizades são poucas, porém boas. Meu lema de vida é acordar cedo, orar, fazer atividade física, me alimentar bem, respeitar e ser respeitada, estudar, trabalhar, trabalhar e trabalhar...
Sou uma balzaquiana da atualidade!
Márcia Martins é jornalista.
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