Dia desses, fiquei pensando numa coisa: qual é o maior desafio do ser humano? A gente pode dizer que é estudar, trabalhar, criar coragem pra encarar a vida. Mas, pensando bem, acho que é aprender. E, em seguida, amar.
Porque amar não vem com manual. É um aprendizado diário: olhar para o outro, respeitar, ouvir, segurar a língua quando dá vontade de responder atravessado. Amar é um curso sem fim, daqueles que a gente nunca se forma, só vai acumulando experiência.
E é curioso, porque desde pequenos já recebemos uma prévia disso. Um colo de mãe, um olhar de pai, um abraço de avó — tudo isso é aula de amor. E, quando a gente cresce, repete o ciclo sem nem perceber: cuida de alguém, que vai cuidar de outro alguém, e assim o amor vai passando de mão em mão, como receita de família.
É claro que nem sempre é assim. Tem gente que cresce em solo seco, sem muito carinho por perto. Mas o amor é danado de teimoso: aparece em um amigo que liga na hora certa, em um vizinho que empresta açúcar sem reclamar, até num sorriso no ponto de ônibus. O amor não precisa ser grandioso, ele se esconde nos detalhes.
E não falo só de romance, viu? Amor é amizade, é família, é comunidade, é fé. É aquele fio invisível que nos lembra que viver sozinho pode até ser possível, mas é infinitamente mais pesado.
No fim das contas, todo mundo gosta de ser ouvido, respeitado e bem tratado. Todo mundo precisa, mesmo que não admita, de um pouco de amor.
Talvez seja esse o grande segredo da vida: aprender, ensinar e reaprender a amar. Sem pressa, sem fórmulas, só vivendo.
E é por isso que hoje, sem complicação nenhuma, deixo aqui o meu recado: com todo meu amor, desejo que a sua vida seja leve, feliz e cheia dessas pequenas doses de amor que fazem tudo valer a pena.
Kamila Garcia é bacharel em Língua Portuguesa e Literatura Brasileira, com pós-graduação em Psicanálise.
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