Cuiabá, Sábado, 6 de Setembro de 2025
MARIANA RAMOS
06.09.2025 | 05h30 Tamanho do texto A- A+

Medicamentos injetáveis

Entenda a diferença entre as canetas injetáveis para diabetes e obesidade

Nos últimos anos, novas opções de medicamentos injetáveis têm transformado o tratamento da obesidade e do diabetes tipo 2. Com nomes cada vez mais conhecidos, como Ozempic, Wegovy, Mounjaro, Lirux e Olire, esses fármacos se popularizaram pela eficácia na redução de peso e no controle glicêmico.

 

Neste artigo, detalho as características de cada medicação, suas semelhanças e diferenças, e destaco a importância de que o uso seja sempre prescrito e acompanhado por um médico.

 

A maioria desses medicamentos pertence à classe dos análogos do GLP-1 (glucagon-like peptide-1), hormônio que regula a saciedade, reduz a velocidade de esvaziamento do estômago e estimula a produção de insulina. Isso contribui tanto para o controle do diabetes quanto para a redução de peso.

 

O Mounjaro traz uma inovação: além do GLP-1, também age sobre o hormônio GIP (peptídeo inibitório gástrico), oferecendo potencial benefício adicional no metabolismo da glicose e no emagrecimento.

Semelhanças e diferenças

 

  • Ozempic (semaglutida): indicado para o tratamento do diabetes tipo 2, com efeito adicional de perda de peso. É administrado por injeção subcutânea semanal.
  • Wegovy (semaglutida em dose mais alta): versão da mesma molécula do Ozempic, mas aprovada especificamente para obesidade, mesmo em pacientes sem diabetes.
  • Mounjaro (tirzepatida): age tanto no GLP-1 quanto no GIP, podendo trazer maior eficácia na redução de peso e no controle glicêmico. É uma das opções mais promissoras da nova geração. O Moujaro é aprovado no Brasil tanto para obesidade quanto diabetes tipo 2.
  • Lirux (liraglutida): medicação aplicada diariamente e já é consolidada no tratamento e controle do diabetes tipo2.
  • Olire: Tem indicação para obesidade e sobrepeso e no controle glicêmico.

Prescrição médica individualizada

 

Embora compartilhem mecanismos de ação semelhantes, cada medicamento possui indicações específicas, doses diferentes e perfis de tolerância próprios. Isso significa que o que funciona bem para um paciente pode não ser a melhor escolha para outro.

 

Além disso, existem contraindicações importantes — como histórico de pancreatite, certas doenças gastrointestinais ou fatores de risco para câncer de tireoide — que devem ser avaliadas cuidadosamente pelo endocrinologista.

 

Por isso, é fundamental que esses medicamentos não sejam usados sem orientação médica. A escolha deve ser feita de forma individualizada, considerando o histórico clínico, os objetivos do tratamento e possíveis efeitos adversos.

 

Os novos medicamentos injetáveis representam um avanço significativo no combate à obesidade e ao diabetes tipo 2, oferecendo maior eficácia e novas perspectivas de qualidade de vida. Porém, não devem ser vistos como soluções mágicas: o acompanhamento médico, aliado a mudanças de estilo de vida, continua sendo a base do tratamento.

 

Cuidar da saúde é sempre uma jornada que exige informação, responsabilidade e acompanhamento especializado.

 

Mariana Ramos é endocrinologista.

*Os artigos são de responsabilidade de seus autores e não representam a opinião do MidiaNews. 

 

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