Cuiabá, Sexta-Feira, 5 de Setembro de 2025
MÁRIO QUIRINO
17.01.2023 | 05h30 Tamanho do texto A- A+

É possível viver sozinho?

Vida em comunidade é fator mais relevante quando se fala em bem-estar e saúde

Uma das pesquisas mais longevas da humanidade é realizada há mais de 80 anos pela Universidade de Harvard, nos Estados Unidos. Aliás, me arrisco a dizer que ela não é “uma das”, se não a única pesquisa tão longa realizada pela humanidade até hoje. 

 

Intitulado de “Estudo sobre o Desenvolvimento Adulto” (Study of Adult Development), o levantamento teve início em 1938 e se propôs a acompanhar jovens de características diversas ao longo de suas vidas, monitorando seus aspectos físico, mental e emocional. 

 

O estudo, inclusive, ganhou fama nos últimos anos devido a palestra do psiquiatra Robert Waldinger, atual diretor e coordenador do levantamento, no TED Talks. Com o tema “O que torna uma vida boa? Lições do estudo mais longo sobre a felicidade?”, Waldinger destrinchou o tema. 

 

Resumidamente, o que o pesquisador apresentou é que o “segredo da felicidade” está na força dos relacionamentos. Ou seja, a vida em comunidade é o fator mais relevante quando se fala em bem-estar e saúde. 

 

O estudo, inclusive, aponta que esta manutenção dos relacionamentos reflete em nossa saúde, sendo capaz de reduzir os riscos de doenças crônicas e mentais, como a perda de memória. 

 

Fazendo um paralelo e me voltando para o empreendedorismo, é fácil notar que aí também está o segredo para manter um negócio “vivo”. Posso dizer que um negócio não apenas “vivo”, mas principalmente saudável, terá total relação com uma boa rede de contatos, o nosso bom e velho “networking”. 

 

O networking, aliás, é uma ferramenta de ouro e, se usada com estratégia, refletirá ativamente nos negócios. Uma pesquisa do LinkedIn, por exemplo, mostrou que mais de 70% dos profissionais são contratados em empresas onde eles já têm uma conexão. 

 

Outro levantamento, desta vez da Forbes Brasil, indica que para um bom networking é bom saber identificar qual é “sua turma”, ou seja, quem está em um momento parecido com o seu e que te impactaria positivamente nos negócios. 

 

Assim, como nos mostra a pesquisa de Harvard ou ainda levantamentos voltados para os negócios, as nossas conexões refletem de forma profunda em nossa vida. 

 

Respondendo a minha própria pergunta no título deste artigo: sim, é claro que é possível viver sozinho. Mas será que você viveria bem e de forma saudável e longeva? Estar vivo é uma dádiva e é preciso saber aproveitar. Afinal, como diz aquele já clássico ditado africano: sozinho se vai mais rápido, mas acompanhado se vai mais longe. 

 

Mário Quirino é especialista em desenvolvimento humano.

*Os artigos são de responsabilidade de seus autores e não representam a opinião do MidiaNews. 

 

Entre no grupo do MidiaNews no WhatsApp e receba notícias em tempo real (CLIQUE AQUI).




Clique aqui e faça seu comentário


COMENTÁRIOS
0 Comentário(s).

COMENTE
Nome:
E-Mail:
Dados opcionais:
Comentário:
Marque "Não sou um robô:"
ATENÇÃO: Os comentários são de responsabilidade de seus autores e não representam a opinião do MidiaNews. Comentários ofensivos, que violem a lei ou o direito de terceiros, serão vetados pelo moderador.

FECHAR

Preencha o formulário e seja o primeiro a comentar esta notícia



Leia mais notícias sobre Opinião: