Cuiabá, Terça-Feira, 14 de Outubro de 2025
GLAUCIA BRASIL
12.03.2025 | 05h30 Tamanho do texto A- A+

Empresários e famílias empresárias

Nem tudo são flores, mas nem tudo são espinhos em uma Recuperação Judicial

A decisão de ingressar com uma recuperação judicial é uma das mais difíceis e estressantes para empresários e famílias empresárias. Admitir que o negócio precisa de uma blindagem para se reestruturar significa assumir a responsabilidade por uma mudança radical na rotina da empresa e de suas operações.

 

A decisão de ingressar com uma recuperação judicial é uma das mais difíceis e estressantes

Para quem está de fora, assistindo da plateia, é fácil emitir opiniões, julgar e simplificar a situação – como se, no mundo empresarial, houvesse apenas vítimas e vilões. Mas para quem está dentro do ringue, seja credor ou devedor, a realidade é muito mais complexa.

 

A recuperação judicial exige resiliência, controle emocional e a capacidade de transformar a pressão em proatividade e estratégia. O impacto do processo pode variar significativamente, dependendo da equipe que conduz o projeto.

 

Se, por um lado, os níveis de estresse podem atingir recordes, por outro, observa-se um amadurecimento no ambiente de negociações. Hoje, as tratativas são cada vez mais técnicas, buscando o equilíbrio das relações contratuais, com profissionais que atuam de forma mais sensata e pragmática.

 

Para o devedor – seja um empresário individual, um grupo de sócios ou uma família empresária – a jornada pode ser árdua, muitas vezes dolorosa. Mas, com a assessoria correta, ele pode sair vivo, operante e reestruturado, capaz de reconstruir sua credibilidade, suas operações e seu negócio.

 

Por outro lado, para o credor, a recuperação judicial também representa um grande desafio. Se, em um primeiro momento, pode parecer que ele está apenas no papel de quem deve receber, na prática, ele também precisa agir de forma estratégica e pragmática.

A forma como conduz suas negociações, avalia propostas e defende seus interesses pode fazer toda a diferença entre um acordo viável ou perdas irreparáveis.

 

Dica final: Avalie criteriosamente o cenário antes de tomar essa decisão tão difícil. MAS, se optar por esse caminho, certifique-se de que sua equipe será capaz, ética e competente para atravessar essa tormenta ao seu lado – garantindo que, ao final da travessia, você continue de pé, forte e pronto para um novo ciclo de crescimento.

 

Glaucia Brasil é executive em Direito Empresarial.

*Os artigos são de responsabilidade de seus autores e não representam a opinião do MidiaNews. 

 

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