O governador Mauro Mendes (União) voltou a lamentar a posição de Mato Grosso como Estado líder no número de femicídios no país. Segundo ele, é “frustrante” aumentar os esforços e investimentos no combate a esse crime e ainda ver o número de casos ser alto.
“É muito frustrante para mim não ver a diminuição desse tipo de crime. Cada vida de uma mulher perdida para violência é muito frustrante. Agora, existe no Brasil uma sensação de impunidade gigante que leva pessoas que nunca cometeram nenhum tipo de crime, de repente, acorda, surta, e resolve matar”, disse o governador.
A declaração foi feita nesta terça-feira (14), após palestra sobre prevenção à violência contra a mulher, parte da campanha “A Violência Começa Antes do Primeiro Soco”, promovida pela primeira-dama Virginia Mendes, com palestras especiais de Kyra Gracie e Malvino Salvador.
Mato Grosso lidera o ranking nacional de feminicídios entre os Estados brasileiros, segundo o Anuário Brasileiro de Segurança Pública. De acordo com o Observatório Caliandra, do Ministério Público Estadual (MPE), até o momento já foram 44 feminicídios em 2025, enquanto em todo o ano de 2024 foram 47 registrados.
“Nós temos que investir cada vez mais em prevenção, mas não dá para colocar, obviamente, um policial andando ao lado de cada mulher, mas dá para fazer muitas campanhas, e é isso que o governo está fazendo. Investindo em todas as áreas, ampliando investimentos e colocando em prática todas as ações”, completou.
Mendes já disse anteriormente que o número envergonhava o Governo e recentemente também assinou um protocolo de intenções com o MPE e o Poder Judiciário, estabelecendo ações para fortalecer a prevenção e o enfrentamento da violência doméstica.
Eficiência de proteção
Segundo Mendes, a proteção do Estado tem funcionado. Entre as mulheres que denunciaram e receberam proteção do poder público, somente um número mínimo foi vítima do crime.
“O Governo tem hoje inúmeras políticas que estão funcionando. Nós temos quase 14 mil medidas protetivas e dessas 14 mil mulheres que acionaram o Estado, apenas duas sofreram o crime de feminicídio”.
“Dos 39 casos que nós tivemos, 34 foram pessoas que nunca tinham cometido nenhum tipo de crime ou acionamento para a proteção [no caso da mulher]. Em Mato Grosso nós registramos todos os dados, não escondemos, a melhor forma de enfrentar um problema é torná-lo real e assumir de frente, mesmo quando os números não sejam bons”, encerrou.
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