Cuiabá, Quarta-Feira, 30 de Julho de 2025
ALEKSANDER CAMPOS
16.03.2017 | 07h10 Tamanho do texto A- A+

Heróis que usam fardas

Decidir entre o policial e o traficante é, portanto, decidir entre a ordem e a barbárie

“Portanto, estando o povo reunido, perguntou-lhe Pilatos: Qual quereis que vos solte? Barrabás, ou Jesus, chamado o Cristo? O povo respondeu: Barrabás, o ladrão.”

 

Após assistir o programa “Encontro” da apresentadora Fátima Bernardes, onde ocorreu um quadro em que os entrevistados deveriam escolher entre socorrer um policial ferido levemente ou um traficante em estado grave, com a máxima “Quem você escolheria?”, pude ter um senso ainda mais crítico da nossa “democracia”.

 

Ocorreu que dos 08 (oito) convidados que responderem esta indagação, 07 (sete) pessoas escolheram socorrer o criminoso.

 

Minha primeira conclusão foi visualizar a derrocada moral e a inteira inversão de valores da sociedade brasileira, que sempre viveu uma crise na segurança pública.

 

Embora se passado dois mil anos o povo continua escolhendo o tirano

Ora, ao colocar em questão a vida de um policial e a vida de um delinquente, a apresentadora da Globo simplesmente demonstrou total indiferença, para com um ser humano que saí todos os dias da sua casa sem saber se voltará, oferecendo sua vida para proteger aqueles que nem mesmo conhece.

 

Ao contrário, o traficante destrói famílias, assassina nossos filhos e filhas. Decidir entre o policial e o traficante é, portanto, decidir entre a ordem e a barbárie. Infelizmente o mal ganhou na sociedade, que representada pela maioria das pessoas, escolheram socorrer o traficante e abandonar o policial à sua própria sorte, ou seja, socorrer o tirano e agir com desdém com quem a protege.

 

Ademais, voltando ao primeiro parágrafo deste texto, é de ressaltar que, embora se passado dois mil anos o povo continua escolhendo o tirano.

 

Aos bons policiais que se arriscam e que se expõem de maneira ultrajante, que vestem um colete para proteger a região torácica (como se a cabeça fosse blindada), que se sacrificam e entram em guerra para que nós cidadãos estejamos em paz, não tendo certeza que voltarão depois do turno para casa, meus sinceros agradecimentos e reconhecimento pelo que vocês representam a esta nação.

 

Aleksander Rezende Alves Campos é acadêmico de Direito, estagiário na Promotoria Criminal de Jaciara.

*Os artigos são de responsabilidade de seus autores e não representam a opinião do MidiaNews. 

 

Entre no grupo do MidiaNews no WhatsApp e receba notícias em tempo real (CLIQUE AQUI).




Clique aqui e faça seu comentário


COMENTÁRIOS
6 Comentário(s).

COMENTE
Nome:
E-Mail:
Dados opcionais:
Comentário:
Marque "Não sou um robô:"
ATENÇÃO: Os comentários são de responsabilidade de seus autores e não representam a opinião do MidiaNews. Comentários ofensivos, que violem a lei ou o direito de terceiros, serão vetados pelo moderador.

FECHAR

juliana Saraiva  16.03.17 18h16
Parabéns pelo artigo, concordo plenamente com você!Esta realmente é a nossa sociedade, sempre torcendo para o bandido, quero ver se continua a torcer depois de ter como eu, um irmão morto por um bandido para roubar seu carro, que foi comprado com muito sacrifício; irmão este que deixou dois filhos órfãos!
3
1
Daiany Balieiro  16.03.17 17h03
Parabéns pelo artigo colega.
15
0
José  16.03.17 16h20
Um artigo desse não condiz com um atendimento medico (SAMU) a priori é quem esta com o risco eminente. E não condiz também com as leis do nosso país. Pra mim não foi nem um pouco nutritivo esse artigo...
7
27
Autor desconhecido  16.03.17 14h20
Acho que você está precisando rever seus conceitos sobre o direito. Aproveita enquanto ainda está na faculdade, porque pensando assim dá pra ver que você não tem aprendido bem as lições.
10
26
Marcelo  16.03.17 14h04
Parabéns pelas sábias palavras.
24
4



Leia mais notícias sobre Opinião:
Julho de 2025
30.07.25 05h30 » Psicose ChatGPT
30.07.25 05h30 » Caso Juliana
29.07.25 05h30 » O amor a Zequinha
29.07.25 05h30 » Processo penal fora do tempo
28.07.25 15h11 » Dia do Agricultor
28.07.25 08h20 » “Menos Marx, mais Mises”?