Cuiabá, Sábado, 2 de Agosto de 2025
TEOBALDO WITTER
14.04.2022 | 05h30 Tamanho do texto A- A+

Na noite em que foi traído

Delação é traição. Apoiar poderosos que praticam a necropolítica é traição

Você já foi traido? Você já traiu? Como foi? Expressão forte: trair. Ninguém quer ser traído. Ninguém quer ser acusado de traidor. Apesar disso, a traição está aí, visível e audível.

 

A sociedade e o estado brasileiro tem na traição um de seus “modus operandi”. Delação premiada é traição. Apoiar poderes e poderosos que praticam a necropolítica é traição.

 

Segundos dicionários, traição é substantivo que significa “quebra da fidelidade prometida e empenhada por meio de ato deslealdade, desrespeito, maldoso, quebra de confiança. Ato insensível, indiferente que prejudica alguém ou outras pessoas. 

 

Em relação à cidadania, triação é termo jurídico, sendo crime cometido pelo cidadão que, traiçoeiramente, pratica ato que atenta contra a segurança da sociedade, do país ou a estabilidade de suas instituições que zelam pela justiça e paz. Roubar bens públicos, corromper e se apropria de bem público é traição.   

 

Ela faz parte da liturgia muito significativa de cultos, na história do cristianismo. No rito da Santa Ceia está inclusa a expressão: “Jesus, na noite em que foi traído, pegou o pão ...”.

 

Delação é traição. Apoiar poderosos que praticam a necropolítica é traição

Os textos bíblicos referentes à semana santa menciona a traição como “modus operandus” de amigos de Jesus. O apóstulo Judas fez delação premiada e traiu o amigo Jesus Cristo. 

 

Tem diálogos entre Jesus, apóstolos e o povo sobre traição. Assim como Judas, também outros traíram Jesus. Ele foi preso, torturado, humilhado e morto sozinho, completamente abandonado.

 

Somente uma pessoa, “malfeitor que teme Deus”, que cruficidado com ele se senbilizou por Jesus ser  inocente. Também a esposa de piIatos que enviou mensagem dizendo ao marido:  “não se envolva com este inocente, porque hoje, em sonho, muito sofri por caso deste homem” (Mt 27.19).   

 

Pessoas que no domingo de ramos o acolheram pelo caminho de Jerusaém estava por perto, observando. Quem eram estas pessoas:  humildes, com ramos colhidas pelo caminho, outras colocavam suas vestes, sujas, rasgadas, velhas. Mas nenhuma das pessoas do sinédrio, do templo, do palácio e seus cupinhas o apoiaram. Estas, com seus serviçais, estava gritando: crucifica-o, crucifica-o, crucifica-o.  

 

Jesus não usou armas, não forçou violência, não organizou grupos de CACs. Desarmou inclusive os seus. Seu reino é de liberdade, justiça, paz, de vida abundante (João 10.10). Foi morto, mas foi ressucitado. E está vivo pelos séculos do séculos, graças ao Deus da vida. Segundo a blíbia, seu governo é de justiça, amor, misericórdia, bondade.

 

Ele não apoia violência, armar o povo, fazer guerra.  Apesar disso, há ministros religiosos que apoiam violência e morte. Usam o nome de Deus para isso.  

Anátema. Estão traindo Jesus Cristo  

 

Teobado Witter é pastor em Cuiabá.

 

*Os artigos são de responsabilidade de seus autores e não representam a opinião do MidiaNews. 

 

Entre no grupo do MidiaNews no WhatsApp e receba notícias em tempo real (CLIQUE AQUI).




Clique aqui e faça seu comentário


COMENTÁRIOS
0 Comentário(s).

COMENTE
Nome:
E-Mail:
Dados opcionais:
Comentário:
Marque "Não sou um robô:"
ATENÇÃO: Os comentários são de responsabilidade de seus autores e não representam a opinião do MidiaNews. Comentários ofensivos, que violem a lei ou o direito de terceiros, serão vetados pelo moderador.

FECHAR

Preencha o formulário e seja o primeiro a comentar esta notícia



Leia mais notícias sobre Opinião:
Agosto de 2025
01.08.25 05h30 » “Ele era legal, né?”
01.08.25 05h30 » 10 mil mortes invisíveis
01.08.25 05h30 » Fibromialgia como deficiência
01.08.25 05h30 » Agosto Lilás
Julho de 2025
31.07.25 05h30 » A dinâmica do corpo
31.07.25 05h30 » Trump, atos e controvérsias
30.07.25 05h30 » Psicose ChatGPT
30.07.25 05h30 » Caso Juliana