Não tem na história do século 20 um presidente dos EUA com mais atos, ações e controvérsias do que o atual: Donald Trump. Teve nomes, como Franklin Delano Roosevelt, que governou o país no momento de conflito mundial, como a Segunda Grande Guerra. Ele também esteve no comando dos EUA na maior depressão econômica que o país passou.
Mas, mesmo assim, não apareceu tanto nas manchetes como o Trump. Claro que hoje se tem a mídia social que faz chegar mais notícias e em tempo real a tantas gentes. Trump sabe usar esse meio de comunicação para ir longe com suas ações.
Fiquemos nos casos mais recentes do presidente norte americano e que envolve o Brasil. Criou uma taxação de 50% aos produtos do Brasil para entrar nos EUA. Na carta que mandou dizia também que o país resolvesse o caso de Jair Bolsonaro. Chegou a colocar na carta a palavra imediatamente. A taxação nesse patamar é para fazer o governo e o país atender sua reivindicação.
Também falava sobre desmatamento na Amazônia. É interessante observar que Trump retirou seu país do Acordo de Paris, base maior para defesa ambiental no mundo. Ele é a favor de combustível fóssil e não acredita no aquecimento global. Com esse perfil e defendendo o não desmatamento da Amazônia.
A imprensa mundial ficou contra os tarifaços. Bateu duro nisso tudo. Nos EUA, jornais como Washington Post, The Wall Street Journal e New York Times foram contra atos assim do presidente. Mostraram também que o tiro saíra errado e que acabara fortalecendo politicamente o atual governo brasileiro.
Foi mostrado ainda pela imprensa de lá que Brasil tem déficit comercial com os EUA. Vendem mais aqui do que compram. Mostrado também que o Brasil é o décimo terceiro pais no mundo com mais empresas dos EUA. Um dado sugestivo nesse relacionamento.
Trump também está contra os Brics e batendo duro no Brasil por causa daquele encontro do grupo no Rio de Janeiro. É que ali se falou em substituir o dólar por outra moeda nas trocas entre os parceiros do Brics. Trump não gostou disso.
Ele ainda atacou o Pix, criação do Brasil. É que bancos e donos de cartões de créditos e débitos dali vão perder dinheiro com o uso do Pix no Brasil e logo-logo em outros países.
Paul Krugman, prêmio Nobel de Economia, aplaudiu o Pix. Disse que ali está o futuro do dinheiro no mundo. Nos últimos anos talvez tenha sido um dos maiores elogios para um fato criado no Brasil.
No lado político, o ato de Trump em favor de Bolsonaro acabou ajudando o governo Lula. A desaprovação dele diminuiu um pouco e aprovação cresceu também um pouco. Foi vendida a ideia de defesa da soberania nacional e não intervenção de fora.
Quem ficou numa situação incomoda foi o agro brasileiro. É a favor de Trump, mas não pode ser do tarifaço que ele criou. Não estão encontrando as falas corretas para sair desse imbróglio criado pelo presidente norte americano.
Alfredo da Mota Menezes é analista político.
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