Cuiabá, Sábado, 22 de Novembro de 2025
VIRGINIA MENDES
22.11.2025 | 05h30 Tamanho do texto A- A+

Orgulho de fazer parte

Jiu-Jitsu mudou minha forma de enxergar o mundo, e me deu uma nova missão

Quando eu olho para tudo que vivi ao lado do Jiu-Jitsu Paradesportivo, vejo uma trajetória que não começou comigo, começou com coragem, com família e com visão.

 

A história desse esporte no Brasil é profundamente brasileira, construída com disciplina, lealdade e amor pelo tatame, honrando as raízes da família Gracie Barra, que difundiu o Jiu-Jitsu pelo país e inspirou gerações. Foi essa base sólida que permitiu que hoje o Jiu-Jitsu fosse mais do que um esporte: se tornou educação, inclusão, transformação e esperança.

 

Minha jornada ganhou um novo sentido quando conheci o movimento do Parajiu-Jitsu, adaptado com sensibilidade, inteligência e compromisso pelo professor Elcirley Luz Silva, um mato-grossense visionário que enxergou o que o mundo ainda não via: que pessoas com deficiência não precisavam de piedade, mas de oportunidade, técnica e protagonismo.

 

E se existe um lugar onde essa mudança começou, esse lugar é Barra do Garças – MT.

O coração do Parajiu-Jitsu no mundo bate ali.

 

De lá, a categoria saiu para o mundo. De lá, nasceu o modelo que hoje emociona arenas internacionais. De lá, o esporte conquistou o respeito e o carinho do Sheikh Al Nahyan, dos Emirados Árabes Unidos, que reconheceu o valor desse trabalho genuinamente brasileiro, nascido do esforço de quem acredita na força humana acima de qualquer limite físico.

 

O que nasceu como um sonho mato-grossense hoje une paratletas de dezenas de países, conectando histórias, culturas e realidades que jamais se encontrariam sem o tatame. É um movimento que inspira, fortalece e devolve dignidade, um movimento que mostra ao mundo que a inclusão não é discurso, é prática.

 

Para mim, acompanhar essa expansão tem sido uma das experiências mais transformadoras da minha vida.

 

Cada arena que visitei, seja na Grécia ou Abu Dhabi, me fez entender que o Parajiu-Jitsu ultrapassou fronteiras porque nasceu de um propósito verdadeiro. A cada paratleta que vejo entrar no tatame, vejo também um renascimento. E a cada vitória, medalha ou simples superação de medo, eu sinto que estamos construindo um legado que vai atravessar gerações.

 

Quando aceitei ser Embaixadora Mundial do Jiu-Jitsu Paradesportivo, aceitei também o compromisso de amplificar esse movimento, de mostrar ao mundo a força do trabalho iniciado em Mato Grosso e lapidado pelo professor Elcirley. Aceitei a missão de levar o nome do nosso estado onde ele merece estar: no centro das discussões globais sobre esporte, inclusão e dignidade humana.

 

O Parajiu-Jitsu hoje é global, mas sua alma continua sendo mato-grossense. Continua sendo brasileira. Continua sendo de Barra do Garças.

 

E eu tenho orgulho de fazer parte dessa história.

 

Virginia Mendes é primeira-dama de MT e embaixadora Mundial do Jiu-Jitsu Paradesportivo.

*Os artigos são de responsabilidade de seus autores e não representam a opinião do MidiaNews. 

 

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