Não raro ouve-se que tal atitude, ou que certa expressão não é “Politicamente Correta”.
Há inúmeros defensores de atitudes e expressões “politicamente corretas”.
O objetivo desses defensores do “Politicamente Correto” é tornar a linguagem mais neutra, querendo estabelecer regras a todos. Chamam os que não comungam do mesmo ideal, de preconceituosos. Entendem que quem fala, por exemplo: direitos do homem estão sendo politicamente incorretos, e pregam a substituição por “Direitos Humanos”.
Os conceitos filosóficos dos defensores desse princípio alegam que se agirmos assim, estaremos no caminho de uma sociedade mais inclusiva e igualitária.

"O objetivo desses defensores do “Politicamente Correto” é tornar a linguagem mais neutra, querendo estabelecer regras a todos. Chamam os que não comungam do mesmo ideal, de preconceituosos"
Já, os que defendem o “politicamente incorreto” criticam os conservadores, e entendem que isto nada mais é do que impedir o exercício da livre expressão. Alegam que suas opiniões são monitoradas, e que não geram efeitos danosos à sociedade.
Por esses e outros motivos, o termo “Politicamente Correto”, é entendido pelos acadêmicos como um instrumento retórico de um grupo de conservadores, que procuram deslegitimar criticas e algumas posturas discriminatórias.
Vejo que muitos pretensos políticos, ao falarem, agem com prudência, medindo as palavras, sem nada dizer.
Vão de lugar nenhum para lugar algum, ligam o gerador do lero-lero, e falam nada com nada.
Outros fazem questão de agir “Politicamente incorreto”, e imediatamente são criticados pelos meios de comunicação.
"Politicamente Correto”, tem inúmeras e as mais diversas definições. Porém, a melhor definição que já vi até hoje, é esta que segue abaixo:
Na Universidade de Griffith, na Austrália, há um concurso anual sobre a definição mais apropriada para um termo contemporâneo. No ano passado, o termo escolhido foi “politicamente correto”. Vejam a definição dada pelo estudante vencedor do concurso:
“Politicamente Correto é uma doutrina sustentada por uma minoria iludida e sem lógica, que foi rapidamente promovida pelos meios de comunicação e que sustenta a ideia de que é inteiramente possível pegar um pedaço de merda pelo lado limpo”.
Sem comentários.
OTACÍLIO PERON é advogado da CDL e FCDL