Você também é um Pateta Louco?

Você já viu no YouTube o videozinho do Pateta Louco?

Pesquise aí e me conte o que achou.

A cada dia que se passa eu acho que estamos cheio de Patetas Loucos no trânsito.

Pessoas estão atropelando até em cima das calçadas; derrubando poste e ponto de ônibus; placas de PARE estão lacradas ao chão em vários lugares; mortes por ultrapassagens proibidas ocorrem quase que diariamente; e assassinatos que se iniciam por conta de buzinada ou passagem forçada na estrada são corriqueiros já.

Um desenho que há poucos anos era uma imagem engraçada, hoje poderia ser utilizado em cursos de conscientização para motoristas que precisam ser reabilitados.

O que nós temos realizado para enfrentar esta problemática?

Será que você vê com frequência alguma propaganda de mídia chamando esta atenção?

Será que vê nos filmes, nas novelas, nos desenhos animados alguma ação neste sentido?

Será que a escola do seu filho trabalha esta informação no livro didático ou com ações extracurriculares?

Ou será que só vemos isso uma vez ao ano?

A última opção, não é mesmo? E olha que gritamos a torto e direito que “Prevenir é melhor do que remediar”.

De fato, não acho que conseguiremos mudar a cabeça de algum Pateta Louco atual.

Mas acredito que podemos evitar que nossos Patetinhas fiquem loucos no futuro.

Por isso eu bato na tecla da educação, não voltada para o IDEB unicamente, mas principalmente, para os nossos problemas sociais.

Temas como este deveriam ser abordados em sala de aula durante todo o ano, em todas as fases do ensino fundamental e médio. Deveriam ser concluídos os trabalhos com uma culminância que envolva a comunidade em geral, o encontro das escolas nas praças das cidades, apoiadas por prefeitos, comerciantes e demais autoridades.

Vejam, se a cada mês, todas as escolas trabalhassem um tema: assédio sexual e moral, trânsito, racismo, sexualidade, bullying, violência doméstica, uso de drogas, suicídio.

Só aqui já temos um tema para cada mês de aula, e a oportunidade de juntar as escolas o ano todo, em um trabalho que de tão importante que mereceria um troféu, e no fim de cada mês, um evento para movimentar até mesmo a economia local.

Cara! Como nossos governantes não viram isso ainda? Como não vemos isso movimentar as cidades do interior?

Vamos nos movimentar meu povo, o IDEB é importante, mas não mais que a nossa dura realidade.

Leve isso à Câmara Municipal de sua cidade, fale com o secretário de educação e com os empresários que tiver conhecimento.

Me ajude nesta luta, faça sua parte, e que Deus te abençoe.

Ricardo Augusto de Oliveira é servidor público da Educação de Mato Grosso.