O assessor parlamentar João Paulo Lopes da Cruz, que atua no gabinete do vereador de Rondonópolis, Ary Campos (PT), foi preso na manhã desta terça-feira (30) durante a Operação Eclipse, que investiga a atuação de uma facção criminosa na mesma cidade e em Água Boa.
Ainda não há detalhes da operação, mas a Polícia fez buscas na residência do servidor nesta manhã.
Por meio de nota, o vereador disse desconhecer quaisquer atividades particulares dos assessores. Segundo ele, João Lopes foi contratado de forma legal, seguindo todas as diretrizes necessárias, incluindo a apresentação de antecedentes criminais e certidões negativas.
Vereador investigado
Esta é outra polêmica envolvendo o vereador do PT. Em 27 de setembro de 2024, Ary foi alvo da Operação Infiltrados, deflagrada pela Polícia Civil.
A investigação apurava a suspeita de que sua candidatura do vereador havia sido financiada por uma facção criminosa.
Na ocasião, a Justiça determinou que o parlamentar fosse monitorado por meio de tornozeleira eletrônica.
Ary Campos teve o mandato cassado pela Justiça Eleitoral por supostas ligações com facção criminosa. Entretanto, por não haver decisão colegiada da segunda instância do Tribunal Regional Eleitoral (TRE-MT), o parlamentar continua no cargo.
A Operação
Esta é a quinta fase da Operação Eclipse, que desvendou um sofisticado esquema de lavagem de dinheiro operado por uma facção criminosa atuante na cidade de Água Boa, com ramificações em Rondonópolis e Barra do Garças.
Nesta etapa, foram cumpridas 18 ordens judiciais, expedidas pelo Núcleo de Inquéritos Policiais (NIPO) de Cuiabá e executadas nas cidades de Água Boa, Barra do Garças e Rondonópolis.
Do total, 14 eram mandados, sendo sete de busca e apreensão e sete de prisão preventiva. As outras quatro ordens corresponderam a medidas cautelares, incluindo dois bloqueios de contas bancárias e dois sequestros de bens.
As investigações, conduzidas pela Delegacia de Polícia de Água Boa, revelaram uma ampla rede de movimentações financeiras realizadas pelo grupo criminoso. O objetivo era inserir e dissimular recursos ilícitos, principalmente oriundos do tráfico de drogas, no comércio local de diversos municípios mato-grossenses.
Um dos principais mecanismos utilizados pelo grupo era o chamado “Vale Crédito”, que se apresentava como um serviço de empréstimos a comerciantes.
No entanto, na prática, funcionava como instrumento de infiltração de capitais ilícitos, por meio da cobrança de juros abusivos e da pulverização de valores em contas de terceiros. Isso dificultava o rastreamento e conferia aparência de legalidade ao dinheiro da facção.
As investigações comprovaram que a atividade não possuía registro formal, sendo totalmente clandestina e coordenada por integrantes da facção, com divisão de funções e atuação estruturada em diversas cidades do estado.
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1 Comentário(s).
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| roger 01.10.25 07h48 | ||||
| Tudo dentro da normalidade.... somente o obvio! | ||||
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