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INVASÃO E MORTES
22.04.2024 | 16h51 Tamanho do texto A- A+

Autora foi processada por donos da casa por dívida de R$ 59 mil

Inês Gemilaki está foragida após o duplo homicídio ocorrido no domingo (21), em Peixoto de Azevedo

Reprodução/Facebook

Inês Gemilaki é suspeita de duplo homicídio ocorrido no domingo (21), em Peixoto de Azevedo

Inês Gemilaki é suspeita de duplo homicídio ocorrido no domingo (21), em Peixoto de Azevedo

ANGÉLICA CALLEJAS
DA REDAÇÃO

A mulher que matou duas pessoas no domingo (21), em Peixoto de Azevedo, identificada como Inês Gemilaki, de 49 anos, foi processada em R$ 59,1 mil por Raquel Soares da Silva, dona do imóvel que ela alugava. A disputa judicial é apontada pela Polícia Civil como a motivação para o crime.

 

[...] a autora não fez provas de suas alegações ao deixar de juntar documentos de comprovação que demonstrassem em quais e reais condições de uso o imóvel objeto da locação fora entregue

Na petição, de 2023, Raquel acusava Inês de ter deixado a casa com diversas avarias após o fim do contrato, em maio de 2022, além de não ter pago um mês de aluguel, no valor de R$ 5 mil, segundo o site Folhamax.

 

O juiz leigo Francis Dias Paiva, do Juizado Especial Cível e Criminal de Peixoto de Azevedo, no entanto, negou o pedido de Raquel. Segundo Paiva, a proprietária não teria reunido documentos que comprovassem o estado do imóvel antes e depois de ser habitado por Inês.

 

"[...] A autora não fez provas de suas alegações ao deixar de juntar documentos de comprovação que demonstrassem em quais e reais condições de uso o imóvel objeto da locação fora entregue a parte reclamada, impossibilitando o julgador de proferir qualquer decisão a respeito dos fatos narrados na inicial", consta no documento.

 

No processo, conforme Raquel, a residência estava com diversos problemas em fechaduras, nos pisos e papéis de parede, assim como no portão eletrônico e nas câmeras de segurança.

 

Após tentativa de conciliação na Justiça, a ação foi extinta diante da falta de documentos que comprovassem que as avarias ocorreram durante o período em que a casa era alugada para Inês.

 

"Intimidação e ameaça"

 

Conforme a delegada Anna Paula Marien, responsável pela investigação, houve vários desentendimentos entre as partes após Raquel entrar com a ação na Justiça. 

 

Horas antes de cometer o duplo homicídio, Inês, seu marido Márcio Ferreira Gonçalves, de 45 anos, e o filho da suspeita, Bruno Gemilaki Dal Poz, de 28 anos, foram até a delegacia do Município para registrar um boletim de ocorrência por ameaça.

 

No documento consta que três homens teriam invadido a casa da mulher, à sua procura, porém só encontraram Márcio no imóvel.

 

O trio, então, teria avisado ao marido de Inês que ela e Bruno estariam "em dívida com eles". Ainda de acordo com o B.O., os homens teriam enviado fotos para o celular dela insinuando que pertenciam a uma facção criminosa.

 

“Nas mensagens enviadas, constava o envio de uma bandeira vermelha com as iniciais ‘CV’”, constra na denúncia. A sigla corresponde ao Comando Vermelho. 

 

O crime

 

Na tarde de domingo (21), Inês, Bruno e Márcio foram até a residência onde estava seu alvo, no Bairro Alvorada, e mataram dois inocentes, diz a Polícia Civil.

 

As vítimas foram identificadas como Pilson Pereira da Silva, de 65 anos, e Rui Luiz Bogo, de 57 anos. Na ação, um padre foi baleado, passou por cirurgia e está fora de perigo. 

 

O crime foi filmado por câmeras de segurança, e as imagens mostram Inês portando um revólver, enquanto seu filho, o médico Bruno, segura uma espingarda.

 

Nos vídeos é possível ver que a mulher entra na casa e atira em uma das vítimas, que está deitada no chão, a poucos metros de distância.

 

Depois ela vai até outros dois homens, que se escondem atrás do sofá, e aponta a arma para um deles. Não é possível ver se ela atirou na segunda vítima.

 

Após os assassinatos, o trio fugiu em uma Ford Ranger, com destino ao Pará, informou a Polícia.

  

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2 Comentário(s).

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Mauricio Cuiabano  23.04.24 11h07
Como alguém poderia imaginar que uma mulher tão "gata" poderia cometer um crime tão bárbaro na mesmo proporção de sua beleza?
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Luciana  23.04.24 08h10
"Vamos armar à população,um povo armado jamais será escravizado",mas será sempre mais violentos,nos últimos anos os fatos criminais trágicos de disputas banais terminando em assassinatos com armas de fogo,esse caso e inúmeros outros como a chacina de Sinop que um Bolsonarista cac matou 8 pessoas covardemente!!
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