Mulher fez B.O. por ameaça antes de invadir casa e matar dois

Foragida da Polícia por envolvimento em um duplo homicídio em Peixoto de Azevedo, Inês Gemilaki, de 48 anos, registrou um boletim de ocorrência poucas horas antes do crime, alegando ter sido vítima de ameaças. 

O filho e o marido dela, Bruno Gemilaki Dal Poz, de 28 anos, e Márcio Ferreira Gonçalves, de 45, também participaram do crime, segundo a Polícia Civil, e estão, junto com Inês, sendo caçados. 

O crime foi cometido por um suposto desacordo judicial com o proprietário de uma residência que foi alugada por Inês. Ela teria saído do lugar deixando dívidas. 

No registro, feito no último domingo (21), poucas horas antes da matança, Inês denuncia até mesmo um possível envolvimento de uma facção criminosa nas ameaças. 

Na delegacia de Peixoto de Azevedo compareceram Inês e o marido. Os dois relataram terem sido ameaçados publicamente pelo proprietário do imóvel, “em razão de um processo referente a um contrato de aluguel que possuíam no qual a vítima [Inês] obteve sucesso judicial”, diz trecho do documento. 

No dia anterior, segundo o B.O., três homens teriam entrado na casa de Inês procurando por ela. Na residência, no entanto, estaria apenas Márcio. 

“Os indivíduos informaram a ele que a vítima estava em dívida com eles”. As ameaças se estendiam a Bruno, filho de Inês. 

“Os indivíduos enviaram fotos para o celular da vítima, com o intuito de intimidá-la, cobrando uma dívida que ela não possui”, diz outro trecho do documento. 

“Nas mensagens enviadas, constava o envio de uma bandeira vermelha com as iniciais ‘CV’”. A sigla corresponde à facção criminosa Comando Vermelho. 

As mortes

Inês e a família invadiram uma residência no Centro da cidade. Duas pessoas morreram e outra ficou ferida. 

O alvo do crime, no entanto, saiu quase que ileso, apenas ferido com estilhaços de vidro.

Pilson Pereira da Silva, de 65 anos, e Rui Luiz Bogo, de 57, foram mortos. Um padre ficou ferido na ação, passou por cirurgia e está fora de perigo.

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