Cuiabá, Quarta-Feira, 25 de Junho de 2025
EXECUTOR DE NERY
27.04.2025 | 14h00 Tamanho do texto A- A+

Caseiro frequentava batalhão da Rotam e recebeu Iphone de PM

Alex de Queiroz Silva está detido desde o dia 6 de março; segundo a Polícia, ele é o executor do crime

Reprodução

O motociclista que assassinou Renato Nery (detalhe), que a Polícia Civil afirma ser Alex Roberto de Queiroz Silva

O motociclista que assassinou Renato Nery (detalhe), que a Polícia Civil afirma ser Alex Roberto de Queiroz Silva

ANGÉLICA CALLEJAS
DA REDAÇÃO

A perícia no aparelho celular do caseiro Alex Roberto de Queiroz Silva, preso desde o dia 6 de março, pela suspeita de ser o executor do advogado Renato Nery, morto em julho passado, em Cuiabá, revelou que ele frequentava o Batalhão da Rotam.

 

Conforme apurado pela reportagem, foi encontrado um vídeo no celular apreendido, registrado após o homicídio, no qual Alex se filmava dentro do batalhão. Em seus depoimentos, entretanto, ele negou que frequentasse o local.

 

Na perícia, ainda foram descobertas mensagens trocadas entre Alex Roberto e um homem com passagens criminais por tráfico de drogas e homicídio, nas quais o caseiro informava que "estaria indo em uma missão com a Rotam". 

 

Outras provas ainda mostram que o caseiro trafegava pela cidade com a motocicleta vermelha, sem placas, que teria sido utilizada no dia do homicídio do advogado, tendo, inclusive, ido com ela até o batalhão militar.

 

O celular, ainda de acordo com informações repassadas por uma fonte da Polícia, é um Apple Iphone que o caseiro teria supostamente recebido do policial ex-Rotam, Heron Teixeira Pena Vieira, que também está preso.

 

O presente foi dado em 11 de julho, mesmo dia em que houve o confronto forjado para plantar a arma usada no assassinato de Nery.

 

Deste confronto, conforme a Polícia, participaram os PMs da Rotam Leandro Cardoso, Wailson Alessandro Medeiros Ramos, Wekcerlley Benevides de Oliveira e Jorge Rodrigo Martins, que foram indiciados neste caso por homicídio, tentativa de homicídio e fraude processual.

 

Até o momento, a investigação da DHPP (Delegacia Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa), sob responsabilidade do delegado Bruno Abreu, já prendeu nove pessoas, sendo sete delas policiais militares. 

 

As prisões

 

Foram presos, no dia 6 de março, na Operação Office Crime - A Outra Face, os policiais militares da Rotam Leandro Cardoso, Wailson Alessandro Medeiros Ramos, Wekcerlley Benevides de Oliveira e Jorge Rodrigo Martins, e o caseiro Alex Roberto de Queiroz Silva. Já o ex-Rotam, Heron Teixeira Pena Vieira, se entregou na DHPP no dia 7 do mesmo mês.

 

Todos eles são suspeitos de envolvimento no homicídio de Nery, sendo o caseiro Alex Roberto apontado pela Polícia como autor dos disparos que mataram o advogado.

 

No dia 14 de abril, a DHPP prendeu Kaster Huttner Garcia, e apreendeu um carro. Ele teria atuado como auxiliar do crime, sendo responsável por buscar, na cidade de Barão de Melgaço, a motocicleta utilizada pelo executor do homicídio. 

 

Já no dia 17 de abril, na segunda fase da Operação Office Crime - O Elo, em Primavera do Leste e Cuiabá, foram presos os policiais militares Jackson Pereira Barbosa e Ícaro Nathan Santos Ferreira, que atua na Inteligência da Rotam. Ícaro seria o responsável por obter a pistola usada no homicídio.

 

Jackson, apontado como intermediador do assassinato, havia sido alvo da primeira fase da Operação Office Crime - O Elo, deflagrada o dia 8 de abril, ocasião em que teve o aparelho celular apreendido. 

 

Na segunda fase da operação, a DHPP ainda cumpriu ordens judiciais contra o casal de empresários de Primavera, Cesar Jorge Sechi e Julinere Goulart Bentos, que já tinham sido alvos de operação em novembro passado.

 

As medidas determinadas em desfavor deles foram a proibição de se ausentar da cidade, retenção de passaporte e uso de tornozeleira eletrônica. Eles são suspeitos de serem os mandantes do assassinato de Nery.

  

O homicídio 

 

Ex-presidente da OAB-MT, Renato Nery foi atingido por disparos na cabeça no dia 5 de julho de 2024, quando chegava em seu escritório na Avenida Fernando Corrêa, em Cuiabá. 

 

Socorrido com vida, ele foi levado às pressas para o Complexo Hospitalar Jardim Cuiabá, onde passou por cirurgias, mas não resistiu e morreu no dia seguinte.

 

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