Cuiabá, Quarta-Feira, 1 de Outubro de 2025
PERSONAL ASSASSINADA; VÍDEO
01.10.2025 | 12h15 Tamanho do texto A- A+

Comparsa diz que foi chamado para "capinar" e não fugiu por medo

Vitor Hugo Oliveira afirmou que não sabia dos planos, mas continuou por medo de levar um tiro de PM

Angélica Callejas/MidiaNews

Momento em que Vitor Hugo deixa delegacia após seu depoimento

Momento em que Vitor Hugo deixa delegacia após seu depoimento

LIZ BRUNETTO E ANGÉLICA CALLEJAS
DA REDAÇÃO

Em depoimento na Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), na manhã desta quarta-feira (1º), o jovem Vitor Hugo Oliveira da Silva afirmou que não sabia que o amigo e policial militar Raylton Duarte Mourão pretendia matar a personal trainer Rozeli da Costa Souza Nunes. O rapaz estava dirigindo a moto usada no crime.

 

Raylton foi pessoalmente até ele e afirmou: ‘Eu preciso de você amanhã para fazer um serviço para mim

Ele afirmou que foi chamado para um “serviço de capinagem” e que, após a mulher ser morta, ele não fugiu por “medo de também morrer”.

 

Vitor confessou ter pilotado a moto e que Raylton foi o autor dos disparos que mataram a personal, no dia 11 de setembro, em Várzea Grande. O crime foi motivado por uma ação judicial por danos morais contra a empresa do militar, em razão de um acidente de trânsito.

 

Vitor foi preso na quarta-feira (30) e, segundo o delegado Bruno Abreu, da DHPP, o jovem apresentou versões contraditórias em depoimento.

 

“Ele disse, inicialmente, que o Raylton pediu para ele fazer uma missão, mas que não sabia que missão era essa. Que teria recebido R$ 500 após o crime, além de relatar que Raylton ouvia vozes e estava meio perturbado no dia”, explicou.

 

“Já hoje, com mais calma, veio com outra versão, não contou sobre esse fato das vozes e disse que, um dia antes do crime, Raylton foi pessoalmente até ele e afirmou: ‘Eu preciso de você amanhã para fazer um serviço para mim’. Nas palavras do Vitor, ele entendeu que seria um serviço de capinagem”.

 

O rapaz, segundo o delegado, já trabalhou como ajudante na empresa do militar, a Reizinha Água Potável, há dois anos. 

 

Segundo a versão de Vitor, Raylton pediu, na hora do crime, que ele emparelhasse a moto com o carro da vítima. “Naquele momento, ele já sabia que o Raylton ia tirar a vida daquela pessoa e eu perguntei: ‘Você tinha o livre-arbítrio para parar a moto e voltar’. Ele falou: ‘Poderia, mas continuei, porque o Raylton com certeza ia me dar um tiro se eu não parasse ali’. Ele disse que decidiu continuar por medo de morrer”.

 

Depois dos disparos, Vitor arrancou com a moto do local.

 

Ele deixou a delegacia após o depoimento, sem falar com a imprensa. Ele deve passar por audiência de custódia na tarde desta quarta.

 

Veja:

 

 

 

O crime

 

Rozeli, que tinha 33 anos, foi atingida por disparos de arma de fogo dentro de seu carro, um Renault Sandero, na manhã do dia 11 de setembro, na rua de casa, no bairro Cohab Canelas, em Várzea Grande.

 

Câmeras de segurança registraram a execução, que ocorreu por volta das 6h20, quando Raylton e seu comparsa, que foi identificado como Victor Hugo, aparecem em uma motocicleta preta e se aproximaram do veículo de Rozeli e atiram quatro vezes contra ela.

 

A vítima seguia para uma academia na avenida Filinto Müller, onde trabalhava e treinava. Após o crime, os motociclistas fugiram.

 

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