Cuiabá, Segunda-Feira, 16 de Junho de 2025
POLÍCIA NO BANCO DOS RÉUS
19.06.2012 | 16h05 Tamanho do texto A- A+

Delegada e três policiais civis serão julgados por homicídio

Eles são acusados da morte de um homem, detido durante uma blitz em 1986, em Cuiabá

MidiaNews/Reprodução

A delegada Helena de Miranda, que vai a julgamento nesta quarta-feira, no Tribunal do Júri

A delegada Helena de Miranda, que vai a julgamento nesta quarta-feira, no Tribunal do Júri

DA REDAÇÃO
A delegada Helena Yloise de Miranda e agentes Francisco Dário Lourenço, Jorge Aparecido Franco e João Luis de Campos Lemos, da Polícia Judiciária Civil, serão julgados, em Cuiabá, nesta quarta-feira (20), pelo assassinato de Basílio Bogado Ávila, ocorrido no dia 22 de novembro de 1986.

O caso vai para o Tribunal do Júri quase 26 anos depois após vários recursos impetrados pelos acusados, em instâncias superiores.

A denúncia ocorreu em 1998 e, desde então, houve recursos tanto da parte da delegada como dos investigadores.

Segundo o Ministério Público Estadual, eles serão julgados por homicídio qualificado – recurso que dificultou a defesa por parte da vítima.

Conforme denúncia do MPE, Basílio foi detido de forma irregular – não sabendo se por acusação de furto ou tráfico –, na então Delegacia do Complexo do CPA, hoje desativada.

No dia seguinte, ele apareceu morto na BR-364, na saída para Rondonópolis, com quatro tiros.

Para o Ministério Público, Basílio foi executado. Uma testemunha informou ter visto um Fusca branco parado nas proximidades e, em seguida, ouviu quatro tiros.

O tiro na perna, segue a denúncia, “é típico de policial para tirar serviço, uma vez que dói mais”.

Além disso, o exame grafotécnico do documento assinado pela vítima, que fora liberada um dia antes do crime, comprovou não ser de Basílio a assinatura.

A defesa da delegada e dos policiais alegam que não existem provas da participação deles no crime.

Jogo do bicho

Em 2007, quando era delegada da cidade de Cláudia (620 km ao Norte de Cuiabá), Helela Yloise de Miranda foi presa, juntamente com o delegado Richard Damasceno, de Sinop (500 km ao Norte da Capital), durante a Operação Arrego.

Ambos foram acusados de receber suborno do jogo do bicho, mas negaramm. As suspeitas surgiram após uma operação, em Cláudia, conduzida pelos dois, para combater o jogo.

O Ministério Público Estadual, na ocasião, apresentou à Justiça escutas telefônicas onde eram mencionados os nomes dos dois delegados e supostos repasses de dinheiro para que concorrentes do bicheiro João Arcanjo - então preso em Cuiabá e supostamente comandando os esquema do Grupo Colibr i - fossem presos.

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COMENTÁRIOS
7 Comentário(s).

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Rubens   20.06.12 15h29
Luiza, no meu comentário eu disse quando tiver provas: " Por isso é que tem que ser afastado, exonerado, demitido, quando tiver provas suficientes de desvio da função." E não precisa ser entendido em lei pra saber que todos tem direito à defesa. Sinto se magoei você.
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Rubens   20.06.12 15h10
Se vai a juri popular é porque não tem provas né entendida.
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Luiza  20.06.12 14h26
Rubens..Você é conhecedor das Leis, deste país?? Todos que são inocentes até que, se prove ao contrário. Portanto, não fala o que você desconhece. Como citado por você, eles serão afastados somente quando tiver comprovação, coisa que nao deve ter ocorrido... Fique por dentro dos autos, só assim você poderá ou não tecer comentários.
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Rubens   20.06.12 09h56
Em 1986 foi acusada desse crime e continuou na função até hoje, tendo em 2007 novamente envolvida em outros crimes, imagine o que pode ter praticado durante todos esses anos na função. Por isso é que tem que ser afastado, exonerado, demitido, quando tiver provas suficientes de desvio da função. Acorda MP, Corregedoria, e principalmente o governador do estado.
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Luiza Miranda  20.06.12 03h18
O desabafo é por acreditar no desenvolvimento e trabalho deste site que, é um dos pioneiros do Estado de Mato Grosso e, não ter gostado do direcionamento da reportagem. Mesmo assim, obrigada pela oportunidade de expor.
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