O delegado Bruno Abreu, da Delegacia de Homicídio e Proteção a Pessoa (DHPP), disse não acreditar na versão de que o comparsa do militar que matou a personal trainer Rozeli da Costa Souza Nunes, não sabia que o crime iria acontecer.
Em depoimento na (DHPP), na manhã desta quarta-feira (1º), o jovem Vitor Hugo Oliveira da Silva afirmou que não sabia que o amigo e policial militar Raylton Duarte Mourão pretendia matar a vítima. O rapaz estava dirigindo a moto usada no crime e Raylton, que confessou a autoria, efetuou os disparos.
Vitor, segundo o delegado, será indiciado por homicídio qualificado por recurso que impossibilitou a defesa da vítima.
“Inicialmente, o Vitor fala que não sabia do que se tratava, que era apenas um serviço. O serviço era, ‘vou te adiantar 180, depois do serviço eu te adianto o resto’. Só que essa história do tal serviço, eu não acredito que ele entendia, porque ele mesmo ficou na dúvida, ele não sabia responder. Como você vai fazer um serviço de capinagem em terreno às 3h30 da manhã? Não existe isso! E você fica rodando a casa de uma pessoa por uma hora”, explicou o delegado.
“Naquele momento ele já sabia que algum mal ia acontecer. Qual mal? Um policial militar com uma arma na cintura. O mal seria praticar disparos contra alguém, contra uma residência. Naquele momento que ele viu o carro e ele decidiu ir atrás, naquele momento ele já sabia que a prática de um homicídio. Naquele momento ele teve a liberdade de prosseguir ou voltar. Diz ele que decidiu ir por medo de ser morto”, completou o delegado.
Vitor disse ter recebido R$ 500 pelo crime, sendo R$ 180 antes e o restante depois.
O crime
Rozeli, que tinha 33 anos, foi atingida por disparos de arma de fogo dentro de seu carro, um Renault Sandero, na manhã do dia 11 de setembro, na rua de casa, no bairro Cohab Canelas, em Várzea Grande.
Câmeras de segurança registraram a execução, que ocorreu por volta das 6h20, quando Raylton e seu comparsa, que foi identificado como Victor Hugo, aparecem em uma motocicleta preta e se aproximaram do veículo de Rozeli e atiram quatro vezes contra ela.
A vítima seguia para uma academia na avenida Filinto Müller, onde trabalhava e treinava. Após o crime, os motociclistas fugiram.
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