O delegado Bruno Abreu, da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa de Cuiabá, afirmou que Solange Aparecida Sobrinho, estuprada e morta pelo suspeito Reyvan da Silva Carvalho, lutou para tentar evitar o crime.
O caso ocorreu em 24 de julho, dentro da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT). Reyvan foi preso na última sexta-feira (29).
De acordo com o delegado, a vítima apresentava diversos ferimentos, como machucados nas costas e joelhos, um galo na cabeça e sinais de asfixia.
Durante a perícia, também foi encontrado material genético de Reyvan sob as unhas de Solange, indicando que ela tentou se defender arranhando e tentando se desvencilhar do agressor.
“No exame de DNA, só aparece o perfil dele. Foi encontrado tanto no sêmen quanto nas unhas dela. Provavelmente, no momento em que ela tentou agarrá-lo para se livrar do ato, ele acabou deixando fragmentos sob suas unhas. Também foi constatada a presença de DNA em uma bituca de cigarro e no sêmen”, explicou Abreu.
O laudo pericial aponta que Solange morreu entre 23h e 0h, mas a vítima havia sido vista pela última vez às 16h30, caminhando em direção ao local do crime. A investigação agora busca esclarecer o que aconteceu nesse intervalo de tempo e se houve participação de outras pessoas.
“A gente precisa de mais tempo para entender esse lapso temporal: quanto tempo ele permaneceu com ela, praticando o ato, e se houve ajuda de alguém, apesar de o DNA não indicar isso. Não podemos descartar completamente a participação de outra pessoa”, disse o delegado.
Apesar dessa possibilidade, Abreu ressaltou que, pelo histórico, Reyvan costuma agir sozinho, geralmente armado com faca e escolhendo mulheres em situação de vulnerabilidade como vítimas.
Outras vítimas
Reyvan também é suspeito de ter cometido outro estupro seguido de feminicídio, em 2020, além de dois estupros em 2021 e 2022.
“Em 2021 ele fez um estupro de uma mulher grávida, aqui na cidade, de 6 meses. É um cara bastante perigoso. Hoje [sexta-feira (29)] estava na UFMT, provavelmente atrás de outra vítima. E há probabilidade muito grande de encontrarmos outras vítimas de estupro ou até morte depois dessa prisão”, destacou o delegado.
As investigações buscam descobrir se há outras vítimas que ainda não foram relacionadas ao suspeito.
O crime
Solange Aparecida Sobrinho, de 52 anos, encontrada morta no campus da UFMT na manhã do dia 24 de julho. Funcionários da instituição encontraram a mulher e acionaram a polícia.
Já no início das investigações foi constatado o crime de estupro seguido de morte, mas o suspeito ainda não havia sido encontrado.
Nesta quinta-feira (28) a Politec (Perícia Oficial e Identificação Técnica) identificou o DNA de Reyvan no corpo de Solange, e ele foi encontrado pela Polícia na sexta, vagando pelas dependências da Universidade.
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4 Comentário(s).
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macedo 02.09.25 09h17 | ||||
2021....2022....2025..... IGUAL O MANIACO DE SINOP... SOLTO,LIVRE E TRANQUILO!! | ||||
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Cuiabano 01.09.25 15h08 | ||||
Se esse sujeito cometeu crime de estupro em 2022, porque estava solto? quem liberou ele da cadeia? Isso precisa ser esclarecido, os responsáveis por ele estar solto, também são responsáveis pela morte dessa mulher. | ||||
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darlene 01.09.25 15h05 | ||||
Reyvan também é suspeito de ter cometido outro estupro seguido de feminicídio, em 2020, além de dois estupros em 2021 e 2022. É um cara bastante perigoso, e por soltam um homem desses deveria mofar na cadeia , espero que não soltam dessa vez | ||||
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Jose Carlos 01.09.25 15h04 | ||||
Ai vem a pergunta que não quer calar!!! Com tantos crimes anteriores, porque esse verme estava solto? Cadê a penalização do juiz que soltou esse monstro? Se ele estivesse preso essa senhora com absoluta certeza estaria viva e com sua família. Essa justiça só causa injustiça. | ||||
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