DHPP: trio tentou armar emboscada para outros dois motoristas

A Delegacia Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) recebeu denúncia de, pelo menos, mais dois motoristas de aplicativo que quase caíram em uma “emboscada” dos três jovens acusados de homicídio em Cuiabá.

O objetivo deles, ao que tudo nos indica, era obter lucro desses crimes. E parece que tomaram gosto de homicídio

Nesta semana, o jovem Lucas Ferreira da Silva, de 20 anos, e dois adolescentes, de 17 e 15 anos, foram detidos em Várzea Grande, acusados de matar e roubar três motoristas de aplicativos na Baixada Cuiabana. 

Em entrevista à imprensa, nesta sexta-feira (19), os delegados Olímpio Fernandes e Maurício Maciel Pereira Júnior, que estão à frente do caso, afirmaram que foram procurados por motoristas após eles reconhecerem, por meio de noticiário, o modus operandi dos acusados.

"Apareceram mais algumas vítimas relatando que essas mesmas pessoas tentaram e não lograram êxito contra elas", disse Olímpio.

“Pelo menos duas pessoas se apresentaram aqui. Esse grupo estava associado para tentar auferir lucro com a venda dos carros. Mas também havia essa questão dos homicídios, isso é nítido”, acrescentou Maurício. 

Questionados se há possibilidade de o trio atuar como criminosos especializados em roubo de veículos, os delegados disseram que as investigações não apontam para isso. 

“O crime de latrocínio é um crime complexo, que aborda dois bens juridicamente protegidos: o patrimônio e a vida. É muito comum que haja essa confusão. Mas o objetivo deles, ao que tudo nos indica, era obter lucro desses crimes. E parece que tomaram gosto de homicídio”, disse Olímpío.

Prisão de Keise

O trio assumiu a autoria dos assassinatos de Elizeu Rosa Coelho, 58, Nilson Nogueira, 42, e Márcio Rogério Carneiro, 34, todos motoristas de aplicativo de transporte de passageiro.

Nesta sexta, Keise Melissa Rodrigues Matos, de 25 anos, foi presa acusada de ser responsável por solicitar as corridas de aplicativo para os motoristas caírem na "emboscada".  

"Uma equipe grande estava atrás dela, que se sentiu pressionada e resolveu se apresentar na delegacia", disse Olímpio. 

Ela ainda é apontada como quem, posteriormente, arrumaria os compradores para os veículos das vítimas. Um quinto envolvido nos crimes está sendo procurado pela Polícia Civil.

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