Cuiabá, Quarta-Feira, 2 de Julho de 2025
PISTOLAGEM
15.05.2025 | 11h44 Tamanho do texto A- A+

Em depoimento na DHPP, caseiro confessa que matou Nery

Alex Roberto de Queiroz Silva é o segundo suspeito a admitir participação no assassinato do advogado

Reprodução

O caseiro Alex Roberto confessou ser o motociclista autor dos disparos que mataram Renato Nery (detalhe)

O caseiro Alex Roberto confessou ser o motociclista autor dos disparos que mataram Renato Nery (detalhe)

ANGÉLICA CALLEJAS
DA REDAÇÃO

O caseiro Alex Roberto de Queiroz Silva, preso por envolvimento no assassinato do advogado Renato Nery, confessou nesta quinta-feira (15) ter sido o autor dos disparos. Ele prestou depoimento na DHPP (Delegacia Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa) de Cuiabá. 

 

Conforme apurado pelo MidiaNews, Alex Roberto se mostrou arrependido do crime e confirmou todas informações reveladas, também em confissão, pelo policial militar ex-Rotam, Heron Teixeira Pena Vieira, que admitiu tê-lo contratado para executar o crime. 

 

Alex Roberto era caseiro na chácara arrendada por Heron, bairro Capão Grande, em Várzea Grande, onde foi preso pela DHPP no dia 6 de março. Já Heron foi detido no dia 7, quando se apresentou na delegacia. Ambos foram indiciados, no dia 1º de maio, por homicídio triplamente qualificado, no inquérito que investiga o caso.

  

Nery, que tinha 72 anos, foi baleado no dia 5 de julho do ano passado, na Avenida Fernando Corrêa da Costa, em Cuiabá, quando chegava em seu escritório.

 

Alex foi até o local em uma motocicleta vermelha, armado com uma Glock G17 modificada para automática, e disparou sete vezes contra o advogado, que foi atingido somente por um tiro, na cabeça.

 

O advogado foi socorrido com vida e encaminhado ao Complexo Hospitalar Jardim Cuiabá, onde foi submetido a cirurgias, mas morreu no dia seguinte.

  

A confissão do PM

 

Na semana passada, Heron Vieira confessou na DHPP que recebeu R$ 150 mil pelo crime, que foi dividido com o caseiro Alex Roberto. O acordo inicial, segundo o PM, era de R$ 200 mil. 

 

Na confissão, Heron ainda afirmou que os mandantes teriam sido o casal de empresários Julinere Goulart Bentos e César Jorge Sechi, além de apontar que foi o responsável pela contratação do caseiro para executar Nery.

 

Conforme revelado na investigação, o valor combinado não teria sido pago na totalidade, o que gerou uma série de extorsões contra o casal, mas sem sucesso, pelo silêncio dos envolvidos.

 

O policial também confirmou a participação, como intermediador do homicídio, do PM Jackson Barbosa, que é vizinho de condomínio de Julinere e César. Jackson foi preso no dia 17 de abril, em Primavera do Leste.

 

A partir das revelações do PM, a DHPP conseguiu embasar o pedido de prisão temporária contra os empresários supostos mandantes do crime, que foram detidos na última sexta-feira (9).

 

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