A Polícia Civil indiciou o caseiro Alex Roberto de Queiroz Silva e o policial militar ex-Rotam, Heron Teixeira Pena Vieira, na quinta-feira (1), por homicídio triplamente qualificado no inquérito que investigou o assassinato do advogado Renato Nery.
Os agravantes são motivo torpe, paga ou promessa de recompensa e recurso que impossibilitou a defesa da vítima. Conforme a Polícia, Alex Roberto é apontado como o executor, enquanto Heron seria um dos arquitetos do crime.
Alex Roberto é caseiro na chácara de Heron, onde ele foi preso pela DHPP (Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa), em março deste ano.
Nery, que tinha 72 anos, foi morto no dia 5 de julho do ano passado, na Avenida Fernando Corrêa da Costa, em Cuiabá, quando chegava em seu escritório. Atingido por sete tiros, ele foi encaminhado ao Complexo Hospitalar Jardim Cuiabá, onde morreu horas depois.
Alex Roberto e Heron foram presos no dia 6 e 7 de março, respectivamente, na Operação Office Crime - A Outra Face, junto de outros quatro policiais militares que, segundo a Polícia, têm envolvimento com o homicídio do advogado.
Na última quarta-feira (30), esses quatro PMs, identificados como Leandro Cardoso, Wailson Alessandro Medeiros Ramos, Wekcerlley Benevides de Oliveira e Jorge Rodrigo Martins foram indiciados por homicídio qualificado, duas tentativas de homicídio, fraude processual e porte ilegal de arma de fogo.
O inquérito no qual foram indiciados investigou um outro crime. Trata-se de um confronto supostamente forjado por eles, no Contorno Leste, em Cuiabá, no qual teria sido plantada com terceiros a pistola Glock G17 modificada para automática, que foi utilizada para matar Renato Nery.
Outros suspeitos
No dia 14 de abril, a DHPP prendeu Kaster Huttner Garcia, e apreendeu um carro. Ele teria atuado como auxiliar do crime, sendo responsável por buscar, na cidade de Barão de Melgaço, a motocicleta utilizada pelo executor do homicídio.
Já no dia 17 de abril, na segunda fase da Operação Office Crime - O Elo, em Primavera do Leste e Cuiabá, foram presos os policiais militares Jackson Pereira Barbosa e Ícaro Nathan Santos Ferreira, que atua na Inteligência da Rotam, por suspeita de intermediarem o homicídio de Renato Nery.
Nesta fase, a DHPP ainda cumpriu ordens judiciais contra o casal de empresários de Primavera, Cesar Jorge Sechi e Julinere Goulart Bentos. Eles já foram alvos de operação em novembro passado.
As medidas determinadas em desfavor deles foram a proibição de se ausentar da cidade, retenção de passaporte e uso de tornozeleira eletrônica. Eles são suspeitos de serem os mandantes do assassinato de Nery.
Jackson já havia sido alvo da primeira fase da Operação Office Crime - O Elo, deflagrada o dia 8 de abril, e teve o aparelho celular apreendido.
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