Cuiabá, Quinta-Feira, 21 de Agosto de 2025
TERRAS INDÍGENAS
31.03.2022 | 07h35 Tamanho do texto A- A+

Empresa é alvo da PF por camuflar propina de arrendamentos

Esta é a segunda fase da Operação Res Capta, que apura esquema com Reserva Indígena

Ilustração

Empresa é alvo da PF por camuflar propina de arrendamentos

Empresa é alvo da PF por camuflar propina de arrendamentos

DA REDAÇÃO

A Polícia Federal deflagrou nesta quinta-feira (31), em Confresa (1.060 km de Cuiabá), a 2ª fase da Operação Res Capta, contra um esquema de arrendamento de terras em reserva indígena e pagamento de propina.

 

São cumpridos dois mandados de busca e apreensão, sendo um na sede de uma empresa suspeita de ter atuado decisivamente na camuflagem do suposto recebimento de propinas por servidores da Funai de Ribeirão Cascalheira. O outro ocorre na residência da pessoa responsável pela referida empresa.

 

Através da análise preliminar do material apreendido na 1ª fase da operação, apurou-se que as pessoas que arrendavam ilegalmente terra na Reserva Indígena Marãiwatsédé estavam sendo obrigadas a pagar 10% (dez por cento) do valor do arrendamento, de forma antecipada, a servidores da Funai de Ribeirão Cascalheira, por supostos serviços de medição da área.

 

Pagariam, ainda, após a finalização das supostas medições, R$ 5,00 (cinco) reais por hectare medido, o que poderia totalizar aproximadamente R$ 825.000,00 (oitocentos e vinte e cinco mil reais), considerando a extensão da Terra Indígena.

 

Através da deflagração da 1ª fase da Operação, interrompeu-se a continuidade delitiva. 

 

Segundo o teor dos interrogatórios prestados na Delegacia de Polícia Federal em Barra do Garças, os servidores alegaram aos arrendatários que a medições seriam imprescindíveis para formalizar um suposto Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) no Ministério Público Federal. Esse TAC, que nunca existiu, permitiria aos arrendatários explorar economicamente a Terra Indígena Marãiwatsédé por até 15 (quinze) anos.

 

A empresa contratada por um dos servidores da Funai, que foi preso na 1ª fase da Operação, é suspeita de ter papel preponderante no esquema, eis que ela era responsável pela execução dos serviços desnecessários.

 

 Suspeita-se que as supostas medições serviriam para camuflar a natureza ilícita dos pagamentos.

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Francis  31.03.22 09h41
Tomaram as terras dos produtores para passar para reserva indígena, lembra-se? Agora os índios as arrendam para faturarem sem trabalhar. Quero ouvir os responsáveis pela incorporação da área à reserva indígena o que têm a dizer.
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