Um enfermeiro de 31 anos, que não teve a identidade revelada, foi conduzido à delegacia de Sorriso, na tarde de segunda-feira (8), acusado de assédio sexual contra uma paciente de 22 anos, durante um atendimento em uma Unidade de Saúde da Família. Ele era funcionário de uma empresa terceirizada e foi demitido a pedido da Prefeitura.
De acordo com o boletim de ocorrência, a vítima relatou que o primeiro contato com o suspeito ocorreu no dia 1º de setembro, durante um atendimento de rotina da filha recém-nascida dela. Na ocasião, o enfermeiro teria feito perguntas sobre sua intimidade, questionando se era soliteira e onde estava o pai da criança. O atendimento terminou com um abraço do profissional, que deixou a vítima constrangida.
O fato mais grave, segundo ela, teria ocorrido na segunda-feira. A vítima retornou à unidade para a retirada de pontos de uma cirurgia obstétrica. Ela foi atendida pelo mesmo enfermeiro, que pediu que a criança ficasse com outra enfermeira.
Durante o procedimento, o suspeito disse à paciente que ela não precisaria tirar toda a roupa, apenas erguer a saia, que ele baixaria a calcinha para acessar a região da cirurgia. A vítima afirmou que, durante o procedimento, o enfermeiro resvalou diversas vezes com a genitália nela.
O suspeito informou que não seria possível retirar os pontos e tirou uma foto da cirurgia com o celular pessoal, dizendo que mostraria a uma colega enfermeira. Ao retornar, disse que a paciente precisaria procurar o hospital onde fez a cirurgia.
Ao final do atendimento, ao ajudar a vítima a levantar da maca, o enfermeiro teria tentado beijá-la. A vítima virou o rosto. Na sequência, ao descer da maca, ele se ofereceu para ajudá-la a recolocar a roupa e, mesmo com a negativa, abaixou sua saia. Então, tentou beijá-la novamente. A vítima tentou sair da sala, quando ele a abraçou e tentou beijá-la pela terceira vez.
A vítima deixou a unidade na sequência e relatou o ocorrido ao seu pai, que estava no estacionamento. O pai adentrou a unidade e, ao identificar o enfermeiro, tentou agredi-lo, sendo contido por terceiros. A tentativa de agressão resultou em uma pequena escoriação no braço esquerdo do suspeito.
Em versão apresentada à polícia, o enfermeiro, que está na unidade há um ano, negou as acusações. Disse que inicialmente pediu para que uma colega realizasse o atendimento, mas, devido à lotação da unidade, assumiu o caso. Afirmou que, ao verificar que os pontos ainda estavam internos, orientou a paciente a procurar o hospital de origem.
O caso foi registrado como assédio sexual consumado. O suspeito foi ouvido na presença de um defensor. As investigações continuam sob a responsabilidade da Polícia Civil.
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