Cuiabá, Sábado, 19 de Julho de 2025
CASO NERY; VEJA
28.05.2025 | 08h58 Tamanho do texto A- A+

Jornalista diz ter sido ameaçado e alega que munição era de PM

Cláudio Natal havia sido preso na segunda-feira durante cumprimento de buscas em sua residência

Reprodução

O jornalista Cláudio Natal presta depoimento na delegacia

O jornalista Cláudio Natal presta depoimento na delegacia

PIETRA NÓBREGA
DA REDAÇÃO

O jornalista Cláudio Roberto Natal Júnior declarou, em depoimento à Polícia Civil, que contratou quatro militares para sua proteção diária devido a ameaças de morte. A informação foi dada em depoimento antes de sua soltura, após pagamento de fiança de R$ 7,5 mil na segunda-feira (26).

E um deles acabou sendo preso e essas munições ficaram lá. Eu não tenho arma e nem munição

 

Ele havia sido preso horas antes, depois que a Polícia Civil encontrou munições de diferentes calibres em sua residência, durante as investigações sobre o assassinato do advogado e ex-presidente da OAB-MT, Renato Nery, em julho de 2024.  

 

Em depoimento ao delegado Bruno Abreu, da Delegacia Especializada de Homicídio e Proteção à Pessoa de Cuiabá (DHPP), Natal afirmou que as munições pertenciam a um policial identificado como Emerson, que estaria preso e teria deixado os itens em sua casa.

 

O jornalista relatou que as ameaças surgiram em meio a uma disputa judicial envolvendo um empresário de Nova Ubiratã (427 km de Cuiabá).  

 

“Eu fui ameaçado de morte por um determinado tempo atrás. E eu pedi com as pessoas que eu conhecia, que eram militares, para andar comigo, para cuidar de mim. E um deles acabou sendo preso e essas munições ficaram lá. Eu não tenho arma e nem munição”, explicou.  

 

“Ele está preso. O Emerson, militar, como ele foi fazer minha proteção, ele pediu dinheiro: ‘preciso comprar munição’. Eu não comprei, eu dei dinheiro, pois não consigo comprar, não tenho documento”.  

 

Segundo o relato, os quatro policiais se revezavam em sua proteção durante 24 horas. Ele também afirmou não possuir armas, porte ou registro. “Achei que eles [inimigos] iam me matar. Eu falei para eles [policiais]: 'Olha, vamos nos proteger, anda armado, com munição, porque eu acho que eles vão me matar de verdade'. Então, eles se municiaram. Foi isso que aconteceu”, disse.  

 

O jornalista não era alvo de mandado de prisão, apenas de busca e apreensão no âmbito da investigação sobre a morte de Nery. Como ele tinha munição  ilegal em casa, acabou preso em flagrante.

 

Caso Renato Nery  

 

Renato Nery foi morto a tiros em frente ao seu escritório, em Cuiabá, no dia 5 de julho de 2024. Aos 72 anos, ele foi socorrido e submetido a uma cirurgia, mas não resistiu. Desde então, a DHPP conduz investigações para esclarecer o crime.

 

Veja o vídeo: 

 

 

Entre no grupo do MidiaNews no WhatsApp e receba notícias em tempo real (CLIQUE AQUI).




Clique aqui e faça seu comentário


COMENTÁRIOS
1 Comentário(s).

COMENTE
Nome:
E-Mail:
Dados opcionais:
Comentário:
Marque "Não sou um robô:"
ATENÇÃO: Os comentários são de responsabilidade de seus autores e não representam a opinião do MidiaNews. Comentários ofensivos, que violem a lei ou o direito de terceiros, serão vetados pelo moderador.

FECHAR

Graci Miranda  28.05.25 16h41
SENHOR TENHA PENA DE NÓS. IGUAL BOMBRIL? DIFCíL ENCONTRAR A PONTA?
3
0