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24.04.2025 | 07h00 Tamanho do texto A- A+

Legista cita “crueldade” e detalha lesões de menor assassinada

Foi coletado material genético para saber se vítima foi violentada; padrasto foi preso suspeito do crime

Victor Ostetti/MidiaNews

Alessandra Carvalho Mariano, diretora metropolitana de Medicina Legal

Alessandra Carvalho Mariano, diretora metropolitana de Medicina Legal

LIZ BRUNETTO
DA REDAÇÃO

A diretora metropolitana de Medicina Legal, Alessandra Carvalho Mariano, afirmou que os exames periciais aos quais a adolescente Heloysa Maria de Alencastro Souza, de 16 anos, foi submetida, demonstraram que ela tentou resistir às agressões e que teve múltiplas lesões por todo o corpo: “Está bem evidente a crueldade”

Tem vestígios de que foi contida fisicamente, os braços e as pernas foram amarrados, tem sucos com reação vital, foi em vida

 

A causa da morte, conforme os exames, foi por asfixia mecânica, “constrição cervical na  modalidade estrangulamento”, afirmou Carvalho.  

 

Segundo a diretora, o caso foi registrado como sendo de “alta complexidade” e todos os protocolos foram seguidos à risca, incluindo o Pop (Procedimento Operacional Padrão) de necropsia e o Protocolo Nacional de Investigação e Perícias nos Crimes de Feminicídio, do Ministério da Justiça e Segurança Pública. 

 

“De início,  fizemos uma investigação radiológica e o corpo foi encaminhado para um flat scan na busca de fraturas. Foi feita uma necroscopia externa e foi evidenciado múltiplas lesões corporais por ações contundentes no rosto e em todo o corpo.  Mecanismos de trauma diversos, mas todos por ação contundente”, detalhou. 

 

Segundo a médica legista, ao analisar as lesões no corpo da vítima, fica evidente a crueldade com que o crime foi praticado.

 

“Tem vestígios de que foi contida fisicamente, os braços e as pernas foram amarrados,  tem sucos com reação vital,  foi em vida, a maioria das lesões foram com reação vital,  tinha uma lesão sem reação vital,  mas que é condizente com a queda dentro do poço”. 

 

Exames complementares

 

Segundo a médica legista, há também exames complementares em andamento, como rotina para violência sexual. 

 

“Nós estamos investigando, foi coletado amostras, secreções biológico subungueal,  canal vaginal, anal, toxicológico. E vamos aguardar agora os resultados dos exames da perícia”, explicou. 

 

O crime

 

A jovem Heloysa Maria de Alencastro Souza, de 16 anos, foi agredida e morta em casa, no Bairro Morada do Ouro. De lá, ela foi levada morta e teve o corpo jogado em um poço, no bairro Ribeirão do Lipa. 

 

O principal suspeito de ter arquitetado a morte dela é o padrasto, o servidor público Benedito Anunciação de Santana, de 40 anos. 

 

Benedito teria encomendado também a morte da mãe da jovem, que foi brutalmente agredida, mas conseguiu sobreviver. 

 

O crime teria motivação passional, após uma briga do casal motivada por ciúmes. 

 

Benedito e outras três pessoas estão presas por envolvimento no crime, dois deles são menores de idade. 

 

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Elza de araujo leite  24.04.25 23h28
Mulheres pensem muito antes de colocar homem dentro de casa junto com seus filhos. Monstros que cometeram isso, barbaridade, prisão perpetua é pouco para cobras peçonhentas.
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