Cuiabá, Segunda-Feira, 7 de Julho de 2025
CRIME NA WEB
22.05.2025 | 11h27 Tamanho do texto A- A+

Polícia faz buscas contra menor; delegado pede maior vigilância

Ele baixava material desde 2024; na Capital foram cinco mandados de busca e apreensão

Angélica Callejas/MidiaNews

O perito Max Martins de Freitas e os delegados Mariell Antonini Dias e Guilherme Berto Fachinelli

O perito Max Martins de Freitas e os delegados Mariell Antonini Dias e Guilherme Berto Fachinelli

LIZ BRUNETTO E ANGÉLICA CALLEJAS
DA REDAÇÃO

A Delegacia Especializada de Repressão a Crimes Informáticos (DRCI) cumpriu cinco mandados de busca e apreensão em Cuiabá e apreendeu em flagrante um adolescente, que não teve a identidade divulgada, por armazenar material pornográfico infanto-juvenil. 

Criança e adolescente não têm direito à intimidade. Quer ter privacidade, intimidade, tem que pagar sua internet, tem que ser dono do nariz

 

Conforme as investigações da Operação Infância Segura, o jovem, cuja idade não foi revelada, baixava material pornográfico dessa natureza desde o final do ano de 2024. 

 

O delegado titular da DRCI, Guilherme Berto Fachinelli, afirmou que os pais do menor ficaram “extremamente assustados” com a chegada da Polícia. 

 

“O adolescente na hora que percebeu a situação falou: ‘Não, vieram atrás de mim, pai’. Os pais se assustaram, mas se tivessem uma vigilância constante em relação ao que o filho está acessando na internet, limitando o conteúdo, não deixando esse adolescente ter privacidade, talvez não teriam tomado esse susto hoje”, afirmou o delegado.

 

“Criança e adolescente não têm direito à intimidade. Quer ter privacidade, intimidade, tem que pagar sua internet, tem que ser dono do nariz. Enquanto não pagar sua internet, não é dono do nariz; é pai e mãe que falam qual é o nível de privacidade”, completou. 

 

O delegado explica que no início do ano foram realizadas duas prisões relacionadas à produção de conteúdo pornográfico infantil e armazenamento. A partir dessas prisões, a Polícia aprofundou as investigações para tentar identificar se há em Mato Grosso uma rede de produção e distribuição desse tipo de conteúdo criminoso. 

 

O que conecta os alvos da operação , segundo o delegado, é o modus operandi. “Todos eles utilizavam a mesma ferramenta para reproduzir o conteúdo em datas próximas, demonstrando ali que tinha um modus operandi parecido”. 

 

Esta fase da operação visa coletar provas que podem resultar em novos desdobramentos e até em prisões. O material apreendido será encaminhado para a Politec, onde passará por perícia. 

 

“O próximo passo é tentar identificar se tem um núcleo de produção de conteúdo aqui no Estado e, a partir disso, representar por prisões e outras medidas cautelares futuras.  Então, provavelmente, a gente vai ter um desdobramento da Infância Segura”, disse. 

 

A Operação 

 

A Operação Infância Segura visa a repressão qualificada dos crimes de armazenamento e compartilhamento de material pornográfico envolvendo crianças e adolescentes.

 

A ação é realizada por meio da Delegacia Especializada de Repressão a Crimes Informáticos (DRCI) e da Coordenadoria de Enfrentamento à Violência contra a Mulher e Vulneráveis.

 

São cumpridos em Mato Grosso 11 mandados de busca e apreensão domiciliar, nas cidades de Cuiabá, Poconé, Lucas do Rio Verde, Barra dos Garças e Primavera do Leste.

 

Os alvos foram identificados a partir de investigações iniciadas em parceria com o Cyberlab da Diretoria de Inteligência da Polícia Civil de Mato Grosso.

 

Veja:

 

 

 

 

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