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27.11.2024 | 15h34 Tamanho do texto A- A+

Polícia: influencers presos faturaram R$ 12,8 mi em seis meses

Outra suspeita que pesa contra o grupo investigado é a venda de rifas que seriam fraudadas

PJC-MT

Veículos apreendidos pela Polícia Civil na operação 777

Veículos apreendidos pela Polícia Civil na operação 777

DA REDAÇÃO

A investigação da Polícia Civil de Mato Grosso para apurar a atuação de seis influenciadores digitais na promoção de jogos online ilegais apontou que eles chegaram a faturar, no primeiro semestre deste ano, o o total de R$ 12.869.572,00.

 

Seis influenciadores e as mães de três deles são alvos da Operação 777, deflagrada nesta quarta-feira (27) pelas Delegacias Especializadas do Consumidor e de Estelionatos e Outras Fraudes de Cuiabá, para apurar a divulgação de jogos e rifas ilegais. 

 

Três influenciadores tiveram as prisões cumpridas em Cuiabá e Várzea Grande e dois nas cidades paulistas de Pindamonhangaba e Taubaté. Um está foragido. 

 

Foram presos Gabriel Ferreira de Oliveira, Larissa Mataveli, Victor Vinicius de Freitas, Nicolas Guilherme de Freitas, Carlos Henrique Morgado. 

 

Bruno Fabiano Marques não foi localizado porque está em viagem para a França.

 

As mães de três dos influenciadores também foram presas. 

 

A decisão judicial do Núcleo de Inquéritos Policiais de Cuiabá determinou, além das prisões e buscas contra os investigados, o bloqueio de valores dos influenciadores até o montante apontado na apuração policial.

 

Na investigação conduzida pela Delegacia Especializada do Consumidor de Cuiabá, os policiais civis encontraram indícios de que os investigados lançavam plataformas novas, quase diariamente, porque os seus seguidores logo percebiam que não conseguiam ganhar dinheiro com as apostas nos sites divulgados.

 

E ainda, quando os apostadores ganhavam valores maiores, não recebiam o prêmio, o que forçava os influenciadores a promoverem novos jogos para induzir os inscritos a erro.

 

Além disso, a Polícia Civil apontou indícios de que os investigados publicavam vídeos e imagens jogando versões demonstrativas fornecidas a eles pelos responsáveis das plataformas.

 

Essas versões são programadas para que eles sempre ganhem as apostas, induzindo os seguidores ao erro com a simulação de ganhos de altos valores com apostas falsas.

 

As investigações identificaram, ainda, evidências de que as rifas promovidas pelos presos na operação desta quarta-feira, além de ilegais, também são fraudadas de diversas formas.

 

Uma das maneiras mais comuns é o influenciador vender uma quantidade de números que cubra o valor investido no veículo ou bem de luxo sorteado. Daí, ele ficava com a maioria dos números para que, se fosse sorteado, apresentasse um comparsa como o vencedor e ficava com o prêmio.

 

Suspensão de empresas

 

A decisão judicial da Operação 777 também determinou a suspensão da atividade econômica e da inscrição no Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ) de nove empresas ligadas aos investigados e também a pessoas naturais da China.

 

Além disso, foi deferido o bloqueio de sete redes sociais dos influenciadores nas plataformas do Instagram e Facebook. Eles também deverão cumprir medidas cautelares como a proibição de deixarem o país, apreensão dos passaportes e a proibição de realizarem qualquer divulgação relacionada a jogos de azar ilegais.

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JOSÉ RICARDO  28.11.24 15h49
Essa é a nova realidade das ruas do Brasil. Aquela "tigrada" usando correntão de ouro, relojão, tenisão. Esse pessoal pode se cobrir de ouro, dirigir os carros mais caros do país, mas continuarão a ser bregas e com cara de bandidos. Não tem como disfarçar. E enquanto tiver idioters haverá influencers.
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