Cuiabá, Segunda-Feira, 16 de Junho de 2025
OPERAÇÃO FURACÃO
23.04.2012 | 17h00 Tamanho do texto A- A+

Polícia investiga ligação de empresário com quadrilha

Bando roubava caixas eletrônicos e já movimentou, pelo menos, R$ 1 milhão

Lislaine dos Anjos/MidiaNews

Durante a operação, a Polícia apreendeu dinheiro em espécie e prendeu Fernanda Daltro

Durante a operação, a Polícia apreendeu dinheiro em espécie e prendeu Fernanda Daltro

LISLAINE DOS ANJOS
DA REDAÇÃO

A Delegacia Especializada de Roubos e Furtos de Cuiabá investiga a participação de um grande empresário de Mato Grosso como o financiador da quadrilha responsável por roubos e arrombamentos a caixas eletrônicos em Mato Grosso e em outros estados, como Rondônia e Tocantins.

Apesar de não divulgar o nome do suspeito, a fim de não prejudicar as investigações, a delegada Elaine Fernandes afirmou, em entrevista coletiva , nesta segunda-feira (23), que se trata de "uma pessoa conhecida e com grande poder aquisitivo no Estado".

Dez integrantes da quadrilha foram presos no sábado (21). Nove estão presos em celas da Derf, em Cuiabá, e um está detido na Delegacia de Gurupi, em Tocantins. Outros cinco integrantes ainda estão sendo procurados pela Polícia (confira a relação abaixo).

Entre os presos, está a funcionária pública Fernanda Cristina Dias Daltro. Ela é prima do vice-governador de Mato Grosso, Chico Daltro (PSD), e filha da secretária de Assistência Social de Várzea Grande, Suely de Fátima Dias.

Segundo a delegada, a quadrilha já roubou cerca de R$ 1 milhão e usava o dinheiro do crime para comprar imóveis, veículos e até mesmo montar empresas, além de manterem uma vida de luxo.

Uma oficina mecânica, do qual o suspeito Bartolomeu Francisco da Silva (preso em Cuiabá) é dono, também está sendo investigada pela Polícia, por suspeitas de ter sido montada com o dinheiro roubado.

Durante a operação, que começou quando a Derf investigava seguidos assaltos a residências e empresas na Grande Cuiabá, a Polícia apreendeu dinheiro em espécie, cheques, roupas de marca e cinco veículos, sendo um Corolla, um Golf, um Pálio, um Fiesta e um Prisma.

Todos os integrantes deverão responder pelos crimes de lavagem de dinheiro e formação de quadrilha.

Atuação

O modo de operação da quadrilha era sempre o mesmo. Eles montavam uma base no local onde seria praticado o roubo e estudavam, por vários dias, o sistema de vigilância do banco-alvo. Além de destruir o sistema de monitoramento interno, o bando utilizava maçaricos para o arrombamento dos caixas eletrônicos.

O líder e o vice-líder do bando, raramente, se envolviam diretamente nos roubos, sendo responsáveis pelo planejamento do crime e pelo suporte logístico para a prática do delito.

Já os integrantes, que desempenhavam a função de executores materiais, se dividiam entre os responsáveis por operar o maçarico no momento do arrombamento (também chamados de "profissa"), os que entravam no local para recolher o dinheiro e os "vigilantes externos", que também atuavam como motoristas no momento da fuga.

Além disso, outros integrantes trabalhavam com a disponibilização de contas bancárias para que o dinheiro roubado fosse depositado.

Os suspeitos chegavam a usar um bebê de sete meses, filho da investigada Marciane Ribeiro de Matos, durante o resgate de outros comparsas, para que não levantassem suspeitas ao passarem por uma barreira policial. Marciane atuava na quadrilha dando suporte financeiro para os resgates dos demais integrantes, após o roubo.

Assalto à Liberatti

A quadrilha é investigada, ainda, pela participação no roubo à empresa Liberatti, em Várzea Grande. Na época, o suspeito José Bonifácio Nascimento Barros, o “Zé da Caixa”, que está foragido, chegou a trocar tiros com a Polícia, após ter televisores roubados apreendidos em seu carro.

Na casa de outra suspeita, Glauce da Silva Neves, que também está sendo procurada pela Polícia, foram encontrados capacetes novos – ainda com a embalagem – e outros aparelhos de televisão que haviam sido roubados da lojai.

 

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Divulgação/DERF

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Apreensão DERF

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Delegada Elaine Fernandes DERF

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Roupas de marca apreendidas pela DERF




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COMENTÁRIOS
6 Comentário(s).

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silvio  24.04.12 15h39
Fernanda inclusive pressionava o marido Ronny Peter, para que ele conseguisse dinheiro suficiente para pagar uma cirurgia plástica. Cria vergonha .....assaltante de dinheiro alheio
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silvio  24.04.12 15h26
silvio, seu comentário foi vetado por conter expressões agressivas, ofensas e/ou denúncias sem provas
Celso piva  23.04.12 23h52
Oque leva as pessoas para o mau caminho? Sera que é familia? Pois com mãe secretaria municipal, bom cargo no municipio e sobrinha de Vice governador, onde vamos parar? Deus nos ajude!
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andre taveira  23.04.12 23h01
NUM DA NADA!!!!
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justino  23.04.12 17h42
justino, seu comentário foi vetado por conter expressões agressivas, ofensas e/ou denúncias sem provas