O procurador Luiz Eduardo Figueiredo Rocha e Silva, que confessou ter matado um morador de rua, em Cuiabá, ganha um salário de R$ 44 mil na Assembleia Legislativa de Mato Grosso.
O crime ocorreu na noite de quarta-feira (9) na Avenida Edgar Vieira, em frente a Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT).
Luiz Eduardo se entregou na tarde desta quinta-feira (10) na Delegacia de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP) e foi preso em flagrante.
De acordo com o Portal da Transparência do Legislativo, Luiz Eduardo é servidor efetivo desde 2015. Ele passou no concurso público e cumpre 30 horas semanais de trabalho.
Em 2023, recebeu o título de cidadão mato-grossense, em reconhecimento às contribuições prestadas ao Estado. A honraria foi concedida pela então presidente do parlamento, deputada Janaina Riva (MDB).
O atual presidente da Assembleia, deputado Max Russi, disse que irá tomar todas as medidas administrativas necessárias.
“Ele se apresentou de forma voluntária e a Assembleia Legislativa de Mato Grosso irá tomar todas as medidas administrativas necessárias", disse Max.
"Todos têm direito a ampla defesa, mas não podemos aceitar, nem banalizar, um tipo de crime como esse. Uma vida foi ceifada e não podemos admitir isso”, acrescentou.
Tiro no rosto
O crime foi registrado por uma câmera de segurança na Avenida Edgar Vieira. As imagens mostram o momento em que o motorista da Land Rover atira e mata o morador de rua.
O homem anda na calçada ao lado da cerca da UFMT (Universidade Federal de Mato Grosso), e, segundos depois, surge a SUV preta.
O veículo desacelera, fica paralelo à vítima e, logo em seguida, o condutor foge em alta velocidade, momento em que é possível ver o corpo do homem no meio-fio.
Conforme a Polícia Civil, a vítima foi atingida com um tiro no rosto.
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2 Comentário(s).
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Alzite 11.04.25 08h49 | ||||
A vítima é morador das ruas, o assassino é procurador, se houver justiça de verdade , o assassino deve ser julgado por um tribunal de juri . Matou, assassinou a sangue frio (ceifou uma vida, embora seja uma vida de um ser que vivia abaixo da linha da pobreza, mas não deixa de ser uma vida) matou sem motivos ou motivos fúteis. Ninguém tem direito de tirar a vida de outras pessoas nem o faraó que era considerado Deus teve esse direito e só porque um é financeiramente oposto do outro e seus amigos pica grossa quer livrar o assassino da condenação. Independente de tudo tem que pág pelo ato que cometeu! | ||||
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Francisco 10.04.25 21h39 | ||||
Estava passando no viaduto da UFMT momento de verdadeiro desespero. Estava com minha família no carro quando presenciei um rapaz, completamente transtornado, jogando pedras em carros estacionados e em veículos que passavam por uma avenida movimentada, próximo a um posto de combustível. O medo foi enorme — poderia ter acontecido uma tragédia maior !!! Sim, o rapaz cometeu um crime. Nada justifica a agressão tirado a vida do rapaz por dano material ,e ele precisa ser responsabilizado. Mas e se fosse o contrário? E se uma criança tivesse sido atingida por uma pedra e morrido dentro de um carro? Quem assumiria a culpa? O cidadão que não responde mais pelos seus atos, vive jogado pelas sarjetas de nossa cidade? Ou o poder público, que há muito virou as costas para a realidade das ruas? Nossas vias deixaram de ser apenas espaço de mobilidade. Tornaram-se reflexo do abandono, da crise da saúde mental e da falência da segurança pública. A ausência de políticas sociais, de cuidado com quem sofre transtornos mentais e de presença efetiva do Estado nas ruas tem nos exposto a riscos reais, diários e inaceitáveis. O que aconteceu foi um alerta. Mas, infelizmente, não é um caso isolado. E vai continuar acontecendo enquanto continuarmos tratando como “casos pontuais” aquilo que já é um problema crônico. Até quando vamos normalizar viver com medo dentro dos nossos próprios carros? | ||||
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