De cada 10 assassinatos ocorridos no primeiro semestre deste ano, na área metropolitana da Grande Cuiabá, sete foram esclarecidos pela Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa.
Pelos números apurados, foram 122 esclarecimentos, de um total de 178, sendo 116 em Cuiabá e o restante, em Várzea Grande. No ano, foram 214 execuções.
Desse total do semestre, 102 vítimas eram homens e 14 mulheres. Neste último caso, 90% são relacionados a crimes passionais (motivados por paixão).
Os jovens entre 18 a 24 anos estão entre as maiores vítimas, sendo 39 – além de nove adolescentes – num total de 48, o que representa quase 30%.
A lista se completa com 14 pessoas com idade entre 30 a 34 anos. Também foram assassinados 28 adultos com idade entre 35 a 64 anos e um idoso acima de 65 anos.
No "Mapa da Violência" desenhado pela DHPP, o bairro Porto, na Capital, foi o mais violento, com seis assassinatos, seguido de perto por Altos da Serra, CPA, Pedra 90 e Pedregal, com cinco casos cada.
Nos bairros Jardim Vitória, Novo Terceiro, Ribeirão do Lipa e Três Barras foram cometidos quatro homicídios cada. No Dr. Fábio e Novo Paraíso ocorreram seis execuções, sendo três cada. Por último, aparece o 1º de Março, que registrou dois homicídios.
Segundo o delegado Silas Tadeu, titular da DHPP, em 122 execuções, os autores estão identificados e qualificados (nome completo), nos inquéritos policiais da delegacia.
Ele destacou que foram solucionados 72,41%, dos 116 homicídios praticados em Cuiabá, e 61,29% dos 62 crimes ocorridos na cidade de Várzea Grande.
“Encaminhamos 295 inquéritos para o Fórum, tanto de Cuiabá como de Várzea Grande, neste ano, quase dois por dia, um número considerável”, observou.
O delegado acrescentou que, de janeiro até agora, a DHPP pediu a prisão de 127 pessoas e 59 foram presas – entre flagrantes e prisão preventiva.
Silas Caldeira ressaltou que as investigações são realizadas da mesma forma nas duas cidades. “A dedicação é a mesma. Não existe preferência por uma cidade ou outra. Todos os crimes são investigados”, explicou o delegado.
No entendimento do delegado-geral da Polícia Civil, Anderson Garcia, é fundamental levar à Justiça os autores de crimes hediondos, visando a trazer tranquilidade à população, com a punição dos criminosos.
Conforme Garcia, com esta postura, a instituição prima pelo cumprimento da Meta II, da Estratégia Nacional de Justiça e Segurança Pública (Enasp), que busca a conclusão de 100% dos inquéritos de homicídios cometidos até 2008.