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18.09.2025 | 07h00 Tamanho do texto A- A+

Abilio cogita romper contrato com CS Mobi: "Pior que o VLT"

Prefeito minimizou multa de R$ 140 milhões e disse que nova PPP seria mais vantajosa

Victor Ostetti/MidiaNews

O prefeito Abilio Brunini, que admite romper contrato com a CS Mobi

O prefeito Abilio Brunini, que admite romper contrato com a CS Mobi

THAIZA ASSUNÇÃO
DA REDAÇÃO

O prefeito de Cuiabá Abilio Brunini (PL) voltou a cogitar a possibilidade de romper o contrato com a CS Mobi, empresa que explora o estacionamento rotativo na área central da cidade, em que pese a multa de R$ 140 milhões.

 

A Parceria Público-Privada pelo prazo de 30 anos foi formalizada à época da gestão Emanuel Pinheiro (MDB) e prevê, ainda, a requalificação de áreas centrais, bem como obras do Mercado Municipal Miguel Sutil.

 

Esse contrato com a CS Mobi é muito pior que o VLT. Porque o VLT ou o BRT é um equipamento que a população ainda vai usar. Tem os seus custos, mas a população vai usar. O mercado municipal é um instrumento de locação da empresa

O contrato é alvo de diversos questionamento e investigado em uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que tramita na Câmara de Cuiabá.

 

“Se a gente rescindir o contrato, [a multa] deve ficar na casa de R$ 140 milhões. Se a gente pagar o que está sendo feito, vai ficar R$ 800 milhões. Então, romper ainda é uma das opções", disse.

 

"Às vezes, é muito mais vantajoso rescindir e abrir nova PPP e, com investimento de uma nova parceria, pagar parte dessa dívida toda”, afirmou o prefeito.

 

Questionado se o cenário não abriria espaço para uma judicialização e atrasos nas obras, tal como ocorreu com a implantação do então Veículo Leve sobre Trilhos (VLT), o prefeito rebateu:

 

“Não vai se tornar um VLT. Esse contrato com a CS Mobi é muito pior que o VLT. Porque o VLT ou o BRT é um equipamento que a população ainda vai usar. Tem os seus custos, mas a população vai usar. O mercado municipal é um instrumento de locação da empresa”.

 

“É como se a gente tivesse feito uma parceria com uma construtora, ela constrói em um terreno público, um bem para usufruir por 30 anos e depois ela me devolver. Que vantagem tem? Qualquer empresa gostaria de construir um prédio num terreno público e fazer esse negócio”, emendou Abilio.

 

O prefeito também questiona a qualidade dos serviços de requalificação que vem sendo realizados pela empresa na região central.

 

“Olha as calçadas aqui ao lado da Câmara de Vereadores. Não tem um metro e ainda tem um poste no meio, não tem acessibilidade. Qual a expertise dessa empresa em construir calçadas?”, questionou.

 

“Vai fazer pontos de ônibus, mas vai ganhar a publicidade dos pontos. Que empresa não quer fazer um ponto para explorar a propaganda? Essa empresa não demonstrou até o momento nenhuma expertise que só ela poderia resolver. O que a gente percebe e a sensação que eu tenho é que foi um termo de referência direcionado para contratar essa empresa CS Mobi”, finalizou.

 

Na próxima semana, o prefeito deverá comparecer a uma sessão da CPI para apontar o que ele considera serem os prejuízos do contrato ao Município.

 

O convite foi feito pelo relator da comissão e líder do prefeito na Câmara, vereador Dilemário Alencar (Podemos).

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