Abilio diz que Emanuel deixou dívida de R$ 30 mi com empresas

A gestão do ex-prefeito Emanuel Pinheiro (MDB) deixou uma dívida de R$ 30 milhões com as empresas de ônibus que fazem o transporte público de Cuiabá.

A Caribus já tinha informado ao Tribunal de Contas apontando esse déficit

A informação foi repassada pelo prefeito Abilio Brunini (PL) na manhã desta terça-feira (18), após a Justiça confiscar 31 ônibus da empresa Caribus por calote dado no Banco Volvo.

Pela legislação, a Prefeitura precisa fazer repasses para cobrir o caixa em razão das gratuidades para parcela dos usuários, além da defasagem da tarifa, que é subsidiada pelo Município, conforme prevê o contrato de concessão.

A reportagem procurou a MTU (Associação Mato-Grossense dos Transportadores Urbanos), que explicou em nota o porquê dos repasses. "O reajuste da tarifa paga pelo passageiro do transporte coletivo de Cuiabá é decisão do prefeito. Atualmente, as empresas recebem uma tarifa técnica que vem sendo calculada mensalmente. A diferença entre a tarifa técnica e a cobrada do passageiro corresponde a parcela de subsídio de modicidade tarifária paga pela Prefeitura", explicou a associação.

Segundo o prefeito, a gestão Emanuel pressionou empresas a renovarem a frota, mas acabou não fazendo repasses obrigatórios a elas.

“A empresa Caribus já tinha informado ao Tribunal de Contas esse déficit, a dificuldade de quitar os seus compromissos. E como ela não conseguiu pagar o banco, o banco tomou 31 veículos”, explicou Abilio. 

Remanejamento 

O prefeito explicou, ainda, que está em negociação com a empresa. A ideia é pagar os valores correspondentes a 2025 e, aos poucos, quitar o montante deixado por Emanuel.

O prefeito afirmou ainda que está em negociação com a Caribus para fazer o remanejamento de veículos.

“Estão colocando ônibus antigos - que são ônibus reservas - para entrar em funcionamento e não prejudicar muito a população”, explicou.

O prefeito afirmou ainda que outras empresas que fazem parte da MTU podem ajudar a Caribus.

“Hoje, falei com o dono de outra empresa e ela se posicionou que vai colaborar com a que está passando dificuldade”, completou.

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