O prefeito de Cuiabá, Abilio Brunini (PL), negou que exista um racha real dentro da direita brasileira e atribuiu a percepção de desorganização ao que considera uma estratégia do ministro Alexandre de Moraes para isolar o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

A declaração foi feita após questionamento sobre disputas internas no campo conservador, incluindo a recente crise envolvendo Michelle Bolsonaro e os filhos do ex-presidente, Eduardo e Flávia Bolsonaro.
O desentendimento ocorreu após Michelle criticar uma articulação do PL no Ceará envolvendo Ciro Gomes (PSDB), o que levou Flávio e Eduardo a reagirem publicamente. A troca de críticas expôs divergências internas e disputa por protagonismo dentro do bolsonarismo
“Eu vejo que isso é intencional do ministro Alexandre Moraes. Essa é a intenção dele, é o isolamento do Bolsonaro, para que ele não tenha comunicação com a direita e não possa dar o norte”, afirmou.
Bolsonaro foi preso preventivamente no dia 22 de novembro por ordem de Moraes por, entre outras acusações, violar a tornozeleira eletrônica. No dia 25, por determinação do Supremo Tribunal Federal (STF), começou a cumprir a pena de 27 anos e três meses de prisão na sede da Polícia Federal, em Brasília.
Ao comparar a situação do ex-presidente com a de Lula quando esteve preso, Abilio afirmou que os dois receberam tratamentos distintos por parte da Justiça.
“O Lula, quando foi preso, ele deu entrevista, ele organizou o partido dele, ele tinha liberdade de reunião, ele tinha todo o acesso político que ele precisava ter. Já o Bolsonaro, ele tá sendo isolado politicamente pra que ele não comunique sequer com seus filhos. Ele tem direito a falar com o filho dele ou a esposa dele uma vez na semana por 30 minutos” disse.
O prefeito reforçou críticas à operação que levou à prisão do ex-presidente, dizendo que a motivação seria eleitoral. Abilio ainda reiterou que Lula recebeu mais regalias apesar de ter sido investigado por corrupção, o que não foi o caso do ex-presidente.
“Eles estão prendendo o Bolsonaro simplesmente pra fazer isolamento político dele em frente à construção política de 2026. Só que não vai funcionar.*”
Segundo Abilio, mesmo com restrições, o ex-presidente continuará exercendo influência sobre aliados.
“O Bolsonaro hoje está se adaptando dentro do seu projeto. É 30 minutos que ele tem disponível para conversar? Ele vai conversar dentro dos 30 minutos e daqui a pouco ele tá dando os nortes certos pra que a gente possa conduzir”, afirmou.
O prefeito encerrou dizendo acreditar que, apesar das disputas internas e do cenário turbulento no grupo, a direção política será preservada.
“O senhor Deus é o mesmo que fala comigo, é o mesmo que fala com o Bolsonaro onde ele está, é o mesmo que fala com as outras lideranças. E ele vai nos guiar pra que a gente possa tirar o PT do governo do Brasil em 2026.”
Veja vídeo:
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