Cuiabá, Domingo, 15 de Junho de 2025
DIÁLOGO COM SETOR
13.06.2025 | 08h17 Tamanho do texto A- A+

Abilio e comerciantes debatem atualização da Lei do Silêncio

A proposta busca construir uma nova minuta em conjunto com os setores envolvidos

Victor Ostetti/MidiaNews

O prefeito de Cuiabá, Abilio Brunini (PL), foi à Câmara debater a proposta

O prefeito de Cuiabá, Abilio Brunini (PL), foi à Câmara debater a proposta

DA REDAÇÃO

A Câmara Municipal de Cuiabá promoveu, na tarde desta quinta-feira (12), uma reunião com vereadores, o prefeito Abílio Brunini (PL) e representantes de bares, restaurantes e casas noturnas para discutir a atualização da Lei nº 3.819/99, que estabelece os limites de emissão sonora — atualmente fixados em 50 decibéis.

 

A iniciativa foi liderada pela presidente da Casa de Leis, vereadora Paula Calil (PL), e pelo deputado estadual Faissal Calil (Cidadania). A proposta, que será apresentada pelo Executivo, busca construir uma nova minuta em conjunto com os setores envolvidos, com o objetivo de reorganizar o segmento e redefinir as limitações sonoras, garantindo uma fiscalização mais justa e eficiente.

 

A vereadora Paula Calil destacou a relevância do setor de entretenimento para o desenvolvimento econômico da capital e ressaltou que o papel do Poder Público vai além da fiscalização: é também educar e promover a convivência harmoniosa entre comércio e comunidade.

 

"É preciso diálogo. Estamos falando de comércios que geram emprego e renda. Esta é uma pauta que eu e o deputado Faissal Calil estamos liderando junto com o prefeito Abílio, para que possamos chegar a um consenso que atenda a todos os lados. Graças a Deus, estamos avançando", afirmou Paula.

 

O empresário Walter Matos, conhecido como Waltinho Produções e proprietário de uma casa noturna, defendeu a necessidade de modernizar a legislação para evitar prejuízos ao setor e garantir equilíbrio para a sociedade cuiabana.

 

"A lei é de 1999, bastante defasada. É necessário que ela seja atualizada, levando em consideração as novas tecnologias e as atuais demandas do mercado. É fundamental que o comércio não seja penalizado injustamente, ao mesmo tempo em que se respeita o direito da comunidade ao descanso", declarou.

 

O prefeito Abílio Brunini destacou a importância da reorganização do setor, incluindo adequações na documentação, definição de limites de decibéis por tipo de estabelecimento e a criação de critérios de fiscalização com periodicidade definida. Segundo ele, a expectativa é que a proposta seja enviada à Câmara já na próxima semana, para votação em regime de urgência.

 

"Essas diretrizes serão debatidas na audiência pública que acontece na segunda-feira. Ainda estamos definindo o horário. Também haverá tratativas com representantes do setor, provavelmente no sábado. A ideia é esgotar o debate e votar a matéria na terça-feira, pois há eventos importantes programados para os próximos dias e, se a questão não for resolvida até lá, muitas produtoras e profissionais — especialmente as mulheres — podem ser prejudicadas", pontuou Brunini.

 

De acordo com a legislação atual, as multas por descumprimento das normas sonoras variam de pouco mais de R$ 400 até valores superiores a R$ 2.600, podendo incluir a apreensão de equipamentos. A fiscalização é de responsabilidade da Secretaria Municipal de Ordem Pública (SORP), sob a gestão de Juliana Palhares. As denúncias podem ser feitas pelos canais oficiais da Prefeitura, como o Disque-Silêncio, com garantia de sigilo da identidade do denunciante.

 

A Câmara vai realizar uma audiência pública na próxima segunda-feira (16), com horário ainda a ser definido, para debater o assunto com a população.

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2 Comentário(s).

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Paulo Falconi  13.06.25 14h40
O SOM deve ser contido onde é produzido,trata-se de uma força fisica que sai do local de origem, reverberado nos anteparos sólidos com aumento da intensidade do decibeis. O som prtoduzido em bares e casas noturnas incomoda os moradores dos prédios no entorno..
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Diogo Marcelo Prade  13.06.25 09h33
O que não pode é essa adequação voltar a prejudicar o descanso e o direito do cidadão que não deve ser exposto ao barulho excessivo, geralmente com abuso à lei do silêncio! Justamente quando o poder público resolve atuar para o bem da população, alguns já se alvoroçam em contrário, principalmente em bares não há necessidade de um som estrondoso.
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