Abilio mostra déficit de R$ 120 mi na Saúde e faz alerta financeiro

O prefeito de Cuiabá Abilio Brunini (PL) anunciou, nesta terça-feira (30), que irá publicar um decreto sobre alerta financeiro na área da Saúde por conta do déficit na pasta, que pode chegar ao final do ano em R$ 120 milhões.

A saúde financeira de Cuiabá está muito mal. Nós devemos chegar ao final do ano com uma previsão de déficit em R$ 300 milhões

No início da gestão, Abilio havia decretado a calamidade financeira do município, que foi encerrada em julho. Agora, o prefeito disse que as finanças de Cuiabá continuam “muito mal” e que a Saúde é a mais prejudicada.

Segundo Abilio, a gestão deve fechar o caixa este ano com déficit de R$ 300 milhões. Destes, R$ 120 milhões é da Saúde, ou seja, 40% do montante. 

“A saúde financeira de Cuiabá está muito mal. Nós devemos chegar ao final do ano com uma previsão de déficit em R$ 300 milhões. A gente está cortando tudo, estamos reduzindo despesa, diminuindo gastos, e ainda, sim, a gente deve chegar a R$ 300 milhões com déficit”, disse.

“Na Saúde é o mais grave. [...] A saúde de Cuiabá, infelizmente, não tem como cortar, não tem como parar, não dá para diminuir, ela é prioridade na nossa gestão”, completou.

O decreto de alerta financeiro deve ser publicado entre esta semana e a semana que vem. O prefeito, no entanto, não detalhou como funcionará esse alerta.

Alerta é valido até que a gente consiga organizar o equilíbrio fiscal da Saúde

“Estamos concluindo os ‘considerandos’ e deixando o decreto respaldado. Ele tem prazo de validade indeterminado, e é valido até que a gente consiga organizar o equilíbrio fiscal da Saúde”, disse.

Equilíbrio fiscal

O equilíbrio fiscal é quando a administração pública gasta a mesma quantidade de recurso que possui em caixa. 

Para exemplificar, o prefeito usou a Empresa Cuiabana de Saúde Pública, que é responsável por administrar e executar serviços de saúde em hospital de alta complexidade, como os executados no Hospital São Benedito .

“A despesa da empresa Cuiabana, todo mês é de R$ 32 milhões e a receita é de R$ 25 milhões,  todo mês tem um buraco que vai ficando mês a mês.  Sem falar que na saúde também foi o lugar que a gente mais pagou dívidas do ano passado e de anos anteriores. Porque se não pagasse, as empresas parariam”, afirmou.

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